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terça-feira, outubro 24, 2006

Eleições

Sou apartidário, não sou PT, não sou PSDB, não sou PMDB, tampouco PFL, ou qualquer outra sigla partidária existente nesse país, escolho meus candidatos pelas propostas, perfil pessoal e profissional e algumas vezes analiso também a experiência. Infelizmente os nossos políticos tornam a eleição um circo, onde um bando de palhaços sem noção nenhuma do que é administração pública se aglomeram em frente às câmeras e entopem as ruas com seus carros alegóricos e sendo incapazes de apresentar propostas viáveis para o crescimento da sociedade. Dando nome as bois, o candidato Geraldo Alckmin parece ter um mundo particular no qual apenas os seus pensamentos e projetos estão corretos, projetos estes que sequer é capaz de transformar em palavras inteligíveis, já que seu maior discurso é dizer que vai acabar com a corrupção no maior estilo Odorico Paraguassu; com Osmar dias, candidato ao Governo do Paraná, é necessário quase um microscópio para tentar entender qual o objetivo da sua plataforma de governo que também inclui algumas excrescências contra o seu arqui-rival Roberto Requião, este que para quem não se lembra trabalhou com o Osmar dias e inventou um suposto Ferreirinha jagunço do norte do Paraná que teria feito alguns serviços de caráter questionável para o falecido José Carlos Martinez. Ridículo. Requião que não é santo, apresentou um dossiê contra o vice de Osmar, Derli Donin, segundo Requião, é uma certidão positiva de processos impetrados contra o vice de Osmar, podridão total. Na hora do debate, aí a coisa fica feia, troca de acusações, algumas vezes, ofensas pessoais e discursos prontos que fazem o eleitor perder a esperança de acreditar em um grande líder para o governo ou para presidência. Falando do Geraldo novamente, ele insiste em falar de sanguesugas (que iniciou no governo Fernando Henrique), mensaleiros (Que, não se enganem, também foi idéia do Fernando Henrique) e um suposto dossiê falso. Olha isto a imprensa já explorou a exaustão, as propostas são inócuas; e uma insistência irritante de que com ele vai ser diferente, mas ele não diz como, fala que vai melhorar a saúde que a saúde está um caos, mas sequer se lembre de dizer que o CPMF é um imposto que deveria ser para a saúde, mas nem isto ele promete acertar, não responde as perguntas, desvia todos e quaisquer assuntos para os problemas com a corrupção numa ignorância sem fim. O Lula é um ótimo orador, não foge de perguntas e nem dos temas, mas insiste na história de não saber o que estava acontecendo, longe de ser um santo, pelo menos tem experiência, mas os "companheiros" são muito sujos e ainda estão sob a mesma sigla o que o torna uma incógnita em relação ao próximo governo, será que ele saberá escolher deta vez ou vai tomar chapéu de novo e vão roubar embaixo no seu nariz, importante ressaltar que todos esses ladrões que nos enojam, estão nos partidos considerados grandes tanto do governo quanto da oposição, o considerado partido dos mensaleiros "PFL" tem a maior bancada do Congresso Nacional, o que num sistema democrático torna a figura do presidente quase decorativa, porque mesmo que tenha boa vontade, suas porpostas não serão aprovadas no congresso. Voltando a falar do Estado, o horário eleitoral está uma nojeira, com direitos de respostas direto por ofensas pessoais e profissionais, com os candidatos inventando dados e fatos que prejudicam a índole e a imagem um do outro e propostas que é bom nada. Um dos maiores problemas do Estado que sempre é explorado nos horários políticos, mas nunca resolvido é a absorção dos jovens no mercado de trabalho, eles sempre trazem propostas mirabolantes que não funcionam e logo depois abandonam e espera-se quatro anos para voltarem a carga com as mesmas caras de pau e mesmas propostas sem sentido. Assim fica difícil. O mais complicado é imaginar que Osmar que é político há anos parece desconhecer o cargo de governador, mesmo seu irmão tendo tido um mandato, Roberto Requião foi surpreendentemente bem neste último mandato, mas infelizmente ele não consegue negociar, manda manifestantes enfiarem as faixas no rabo, diz que com alguns funcionários ele vai ter que tratar no pau, chama policiais de criação, obviamente ele tem um problema social muito grande e infelizmente temos que escolher entre esses dois candidatos, porque os bons administradores não querem ser políticos e quem trabalha para o povo não quer fazer parte do governo, até quando esta falta de opção?

sexta-feira, outubro 20, 2006

Faça o que eu digo, não faça o que eu faço

Um rico empresário estava diante de uma situação difícil, sua empresa estava com muitas dívidas e o futuro da mesma dependia da assinatura de um contrato com investidores internacionais, acontece que os canadenses declinaram da proposta, deixando Viriato de cabelo em pé, diante desta situação chamou seu melhor empregado para tentar resolver a situação e contata a secretária pelo telefone:
- Vitória, diga ao Flávio para vir aqui.
- Imediatamente senhor.
Logo, o telefone toca novamente:
- Diga Vitória.
- O Flávio está aqui senhor.
- Mande-o entrar.
- Flávio, meu melhor mediador de contratos, como vai?
- Algum problema, senhor Viriato?
- Todos Flávio, a nossa empresa estava toda centrada nesse contrato com os canadenses, eu não sei mais o que fazer, eles não querem mais negociar com a gente.
- Não querem mais negociar com o senhor?
- É parece que sim, só você pode me tirar dessa.
- Bem, senhor Viriato pra falar a verdade, eu não posso não.
- Ué, como assim?
- É que eu vim aqui para dizer para o senhor que eu estou indo trabalhar com eles.
- Com eles? Com os canadenses?
- Sim.
- Mas eles me passaram a perna, vão levar o meu melhor negociador, quanto te ofereceram?
- Senhor Viriato, não torne isto mais difícil.
- Quanto? Eu cubro qualquer oferta.
- Como o senhor vai cobrir qualquer oferta, a empresa está quebrando o senhor não irá conseguir me segurar.
- Diga quanto? Para você eu pago dos meus bens pessoais se for necessário.
- Na verdade me ofereceram 10 milhões de dólares por ano.
- Dez milhões, mas isto é um absurdo.
- Eu sei, já que o senhor me pagava cem mil. Então, eu vim para me despedir do senhor, foi um prazer trabalhar para a sua empresa.
Viriato totalmente desconcertado deseja boa sorte ao sortudo rapaz e não consegue ver uma saída viável para manter o grande império. Quando está indo para casa encontra um garoto que insiste em limpar o vidro do seu carro:
- Ô garoto, para com isso, não quero lavagem não.
- Ô doutor, deixa eu ganhar um dinheirinho, eu ainda não comi hoje.
Mas Viriato não dá bola e arranca o carro, no outro semáforo, um vendedor de laranjas tenta em vão oferecer o saco de laranjas a Viriato que também o ignora. A mulher de Viriato, Priscila, estranha ver o marido tão cedo chegando em casa:
- Ué, foi despedido?
- Gracinha você né?
- Eu tento, mas o que houve? Você não é de chegar cedo.
- Acho que terei de vender a firma.
- Eu iria adorar, assim você teria mais tempo para mim.
- Não é tão bom quanto você imagina.
- Não é? Por quê?
- Se eu vender a empresa, tenho que quitar as dívidas que são maiores que o preço desta mansão, se vender com as dívidas, além de eu não receber nada terei que dar uma quantia ao comprador, pois ninguém quer uma empresa falida para administrar.
- E por que isto é um problema para você?
- Nossa, achei que pelo menos você, entenderia?
- Já passamos por dificuldades antes Viriato, aliás, nós sabemos o que é dificuldade, já que chegamos a morar de favor com os nossos tios.
- Nem me lembre disso, até hoje não posso nem vê-los na minha frente.
- O que deu em você Viriato, quando o dinheiro se tornou tudo na sua vida?
- Desde que passamos a depender dos outros para sobreviver, queria que esta época nunca mais voltasse, eu não suportaria.
- Você está iludido, Viriato, dinheiro não traz felicidade.
- É manda buscar.
- Você sabe do que estou falando, adiantou você perder os melhores anos da sua vida nesta empresa e agora ela vai quebrar e você vai ficar sem nada.
- Você está ajudando muito falando assim.
- Você não quer entender, né?
- Se eu ainda pudesse contar com o Flávio.
- O que houve com o Flávio?
- Ele foi contratado pelos canadenses.
- Sério que legal.
- Legal, por quê? Eu que me estrepei nesta brincadeira.
- Ah, eu fico feliz por ele, ele realmente merece esta oportunidade. Mas vamos parar com esta discussão, vá tomar um banho e depois vamos jantar.
Enquanto Viriato toma banho, Priscila digita alguns números rapidamente no telefone:
- Alô, você está pronto?
- Sim, Estou saindo em dez minutos.
- Então a gente se encontra lá.
- Venha logo.
Priscila liga para o tele-taxi enquanto escuta o cantarolar de Viriato no banheiro, veste rapidamente uma roupa, pega uma mala que já estava pronta e vai embora. Quinze minutos depois, Viriato sai do chuveiro e pergunta ao Mordomo Dionísio:
- Cadê a Priscila?
- Dona Priscila saiu, seu Viriato.
- Não disse para onde?
- Não senhor.
Viriato tenta ligar no celular dela, mas para a sua surpresa ele toca embaixo das almofadas do sofá.
No aeroporto:
- Priscila, mas que demora mulher, onde você estava?
- Eu estava tentando despertar o Dalai Lama que existe dentro do Viriato.
- Sei, teve sucesso?
- É claro que não, ele é fechado como uma ostra nas suas opiniões. Sabe Flávio acho que a nossa vida será muito melhor no Canadá.
- Tenha certeza disso, Priscila, ainda mais que fiz um belo caixa enquanto trabalhava com o Viriato, além de fazer a caveira dele para os canadenses, eu ainda disse que o que mantinha a empresa, sem falsa modéstia, era eu, aí fui contratado, não é uma sorte danada.
- Se é.
Moral da história.
O discurso é muito fácil, mas é a ação que determina a índole das pessoas.

quarta-feira, outubro 11, 2006

Um encontro casual

- Um passarinho me contou que você casou.
- Ah é. E esse passarinho também te falou que me separei.
Carlos era um grande amigo de Selma, há muito tempo não se falavam e se encontraram por acaso numa rua perto da praça, resolveram tomar um suco e aí as memórias os entreteram por muitas horas:
- Nossa nunca imaginei que ficaríamos tanto tempo longe um do outro, éramos tão colados que alguns até diziam que iríamos casar um dia.
- Ora, Carlos a gente não casou porque você não quis.
- Não foi bem assim, tínhamos objetivos opostos, você queria conquistar o mercado de softwares e eu queria trabalhar na televisão, não poderia perder aquela oportunidade de fazer o comercial.
- Mas viu no que deu, você ficou famoso?
- É claro que não, mas continuo tentando.
- Ah é, tá fazendo teatro.
- Exatamente.
- É o protagonista?
- Não sou caboman
- Caboman??
- É, mas temos que começar de baixo.
- Tô sabendo, quem te contou que eu casei.
- O Júlio, lembra dele.
- Claro, o Júlio, figuraça, uma vez ele chegou na faculdade e ficou sabendo que ia ter uma prova, ele não havia estudado nada, então ele pegou o meu caderno deu uma rápida olhada e fez a prova, você acredita que ele tirou dez e eu que havia estudado e freqüentado as aulas tirei seis.
- É o cara era impressionante, então, eu o encontrei numa apresentação da minha peça, ele tava passeando pelo Rio e resolveu ir ao teatro, daí ele me contou que você havia casado. Mas como foi isso, foi tão rápido, eu saí por dois anos e você casou e já se separou.
- Ih cara, nem te conto, fui trabalhar numa loja de softwares e conheci o Danilo, não sei o que me chamou atenção nele, talvez o fato de querer ser ator, então saímos algumas vezes e ele me propôs casamento, de uma hora pra outra.
- Não me diga, que cara estranho.
- Pois é, eu estava estabilizada,ele também, ele já tinha um apartamento, aí achei que não teria nada de mais.
- Mas você estava apaixonada.
- Aí é que tá, acho que não, mas há muito tempo que eu estava sozinha, não queria esperar mais e perto dos trinta, bateu aquele desespero, sabe como é.
- Entendo, mas como e porque durou tão pouco.
- Começou errado, só poderia terminar errado. Na lua de mel, fomos para o nordeste e lá ele encontrou conhecidos do antigo grupo de teatro, dentre as quais uma ex-namorada, coisa que só fui descobrir da pior maneira, começamos a sair junto com o grupo nas baladas e eu estava curtindo eles eram superdivertidos tiramos muitas e fotos, mais alguns meses depois, eu volto para casa mais cedo e dou de cara com a dita cuja no meu sofá em cima do Danilo, enchendo ele de beijos. Dá pra acreditar?
- Pois é, mina, coisas da vida.
- E você o que houve com você nesses dois anos?
- Depois que fui fazer aquele teste, penei muito na cidade maravilhosa, teimosamente tentando ser ator, vez por outra conseguia um dinheiro como figurante, mas nunca nada maior. A globo me chamou para fazer um teste uma vez.
- Não me diga, a editora globo, eu tinha deixado uma ficha para faxineiro lá.
- Mas é bobo mesmo.
- Eu tinha me esquecido, é claro que não apareci, aí conheci o Marcelo que trabalhava neste grupo de teatro e disse que se eu tivesse paciência, quem eu poderia estrelar uma peça, eles são muito unidos e vivem dando oportunidade para os mais jovens.
- É, Carlos, a gente planeja tanto a vida, não é, e nunca sai do jeito que a gente queria.
- Como diria um filósofo: "A vida é escrita em rascunho"
- É verdade, quer uma carona para algum lugar, o meu carro tá aqui há duas quadras.
- Claro, eu tenho que ensaiar agora, esta cidade Rio Negro é muito bonita, mas se eu não estiver lá na peça, ninguém vai ouvir ninguém.
- É eu sei o que é ser necessário, dou consultoria de informática e a maioria dos meus clientes, talvez não conseguissem nem ligar o computador sem a minha ajuda.
E Selma deixa Carlos na porta do teatro:
- Quando nos veremos de novo, Carlos.
- Não sei dizer, esta é a última apresentação nesta cidade, amanhã, vamos levantar a acampamento e ir para Treze Tílias. Mas foi um imenso prazer revê-la.
- O prazer foi meu, quando estiver por aqui, não deixe de me ligar, pegue o meu cartão.
- Obrigado, boa sorte.
- Pra você, também.

sexta-feira, outubro 06, 2006

Golpe de Mestre

Um policial fazia a sua ronda quando viu um homem armado entrar na rodoviária da cidade, imediatamente guiou sua viatura para lá e avisou pelo rádio a ocorrência e recebeu a promessa de reforço, quando chegou o bandido já havia feito uma refém:
- Parado aí, vagabundo! Você está na minha mira!
- Ah tá, um policial era só o que faltava. De onde você surgiu, cana?
- Larga a refém e prometo que sairá vivo daqui!
- Sei, acredito (com ar de deboche). Não se meta nisso, você não sabe o que está acontecendo, é melhor você não se envolver.
As pessoas obviamente vão se afastando e fazendo uma roda, onde os atores principais desenvolvem os papéis:
- Você tem um nome?
- É Aranha.
- Aranha, o que você quer?
- Eu preciso levá-la.
- E pra onde?
- Eles estão com a minha esposa.
- Quem está com a sua esposa.
- Eles.
Nisso chega o reforço e cercam a rodoviária, os transeuntes, passageiros e curiosos são retirados do local, a imprensa chega quase junto com os policiais, a repórter fala ao vivo:
- Estamos aqui direto da rodoviária da cidade, para informar que acaba de ocorrer um seqüestro, a vítima tem 30 anos, tem dois filhos e marido, ainda não temos o nome da refém, mas temos o nome do seqüestrador, diz que se chama Aranha.
O bandido vê a reportagem na TV da rodoviária:
- Ih caramba, já virou um circo, como devo chamá-lo policial?
- Davi.
- Davi, acabe com isso, ou eu terei que sujar de miolos este chão brilhoso da rodoviária.
Alguém fala pelo comunicador:
- Davi, o que está acontecendo aí dentro?
- Ele disse para vocês irem embora, ou então ele vai cometer uma loucura.
- Que tipo?
- Falou em estourar os miolos da refém.
- Repita, por favor.
- Falou em estourar os miolos da refém.
Diante desta situação o comandante da Polícia Militar diz:
- Afastem todos daqui, tirem esta câmara de televisão, ninguém vai filmar coisa alguma até que tenhamos resolvido o assunto.
Na rodoviária:
- Olha, o negócio é muito simples: essa dona aqui é esposa de um desafeto do vagabundo que seqüestrou a minha mulher, não sei porque cargas d'água ele mesmo não veio fazer o serviço, mas eu não posso sair daqui sem ela, se não minha mulher morre e eu a amo demais para deixar isto acontecer, então eu vou sair daqui de um jeito ou de outro.
- Aranha, nós podemos ajudá-lo.
- Ah é e como se a TV já noticiou o assunto?
No esconderijo dos bandidos:
- Mas este Aranha, isto é o que dar pedir para amadores fazerem serviço de profissionais, por que você mesmo não buscar a Estela, Martins?
- Lúcio, entenda, eu sou um homem visado, não posso ficar fazendo coisas em público assim, tenho que manter o meu anonimato.
- Tá e agora, como vamos trazê-la para cá, o Aranha já ta morto cara, ele nunca vai conseguir sair de lá.
- Se morrer, mando outro, não posso é perder esta oportunidade de ter uma vantagem sobre o Fabrício.
- Olha lá, mais notícias sobre o seqüestro da rodoviária.
A repórter fala:
- Mais cedo do que se imaginou, foi resolvido o seqüestro da rodoviária, Estela Mirtes de Oliveira foi salva e o bandido Glotieb, é isso mesmo, Gotlieb Aranha foi morto no local por um tiro certeiro do policial Davi Silveira.
Lúcio fala:
- Olha lá,perdemos uma grande oportunidade e agora como vamos chegar perto desta mulher?
Alguém bate na porta:
- Quem é?
- É o Aranha.
Martins, responde:
- Aranha, acabamos de ver na TV que você foi morto, como pode?
- Eu já explico, me deixem entrar, por favor.
Ainda com a arma em punho, Martins abre a porta e vê Aranha com Estela ao seu lado:
- Como é que você fez isso?
- Martins, eu trouxe a mercadoria, agora quero a minha esposa.
- É, não posso negar que você é eficiente, tragam a esposa dele.
Lúcio traz a mulher:
- Querido, graças a Deus, você está bem, eu estava o noticiário, temi pelo pior.
- Não se preocupe querida, vamos embora.
- Alto lá, senhor Aranha, você vai me explicar esta história direito, ou ninguém vai sair daqui.
- Certo, quando o policial atirou, eu caí e me fingi de morto, cheguei a sair num carro funerário, quando acordei estava sendo transportado, ouvi pelo rádio que o seqüestro havia sido resolvido e achei que seria a melhor hora para pegar o que vim buscar, rendi o homem do carro funerário e vesti a roupa dele, depois voltei ao local e a peguei no banheiro feminino depois fugi com ela pela janela, satisfeito?
- Muito, você devia repensar a sua vida, meu caro Aranha, você tem a maior vocação para bandido.
- Eu estava motivado, espero nunca mais vê-los.
- Até mais.
Quando Aranha sai pela porta, entra uma tropa de homens fardados e rendem todos os bandidos e libertam a vítima:
- História excelente a que você contou aqui, Aranha.
- Davi, eu precisava salvar a minha, precisava ser criativo.
- Isto não acabou Aranha, eu vou pegar você - Diz Martins
- Eu estarei esperando, imbecil.
Aí o leitor pode se perguntar, mas o que realmente acontecei na rodoviária, eu explicarei:
- Abaixe a arma e vamos conversar Aranha.
- Como saberei se vai me ajudar?
- Eu sou um policial, eu sei quando as pessoas estão mentindo e você está falando a verdade, eu vou abaixar a minha arma e depois você abaixa a sua.
- Tudo bem.
Há uma certa tensão no ar, mas tudo ocorre como o planejado.
- Aranha, vamos fazer o seguinte, vamos plantar uma história para a imprensa, todos verão você sair no carro funerário e depois armaremos uma emboscada para estes bandidos. Temos um acordo.
- Sim, mas o que eu direi a eles, como vou dizer que consegui escapar.
- Isto é com você é a vida da sua esposa que está em risco, pense em alguma coisa.
Como todos viram ele pensou.