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quarta-feira, novembro 14, 2007

Amor Destrutivo

Ela não era das mulheres mais belas, tampouco chamava atenção dos homens, não se sabe exatamente onde o conheceu, apenas sabe-se que ele, segunda ela, era seu namorado. Ela se chamava Gertrudes, ele Givanildo. Givanildo era casado, não havia contado esta novidade a Gertrudes que estava cega de amor, vez por outra Givanildo pousava na casa de Gertrudes depois de uma noitada nessas boates da vida. Um dia Gertrudes ficou doente e precisou fazer uma operação. Givanildo como todo bom canalha, terminou com Gertrudes, apesar de já ter separado da mulher, não queria ser enfermeiro de ninguém. Gertrude desconsolada, se socorreu da irmã para cuidar de seu pós-operatório, esta com o maior desvelo o fez. Após alguns meses já curada, trabalhando e ganhando um salário considerável, Gertrudes reencontrou o ex-"namorado", Givanildo inventa uma desculpa qualquer, mas sem perda de tempo Gertrudes o perdoa e logo Givanildo volta a frequentar a casa da mesma. A vizinhança se perguntava: "mas este não é o canalha que a largou no pior momento da vida dela, que era aquela doença gravíssima, como ela pode perdoá-lo tão rapidamente." Ora, o amor tem razões que a própria razão desconhece, já diria o poeta. Givanildo tem filhos do casamento anterior e estes frequentam a casa de Gertrudes como se fossem deles, e por incrível que pareça até a ex-mulher frequenta a casa de Gertrudes. Algumas vizinhas fofoqueiras comentam que ali há um triângulo, mas é apenas inveja, rebate Gertrudes, e o casal está feliz; importante ressaltar que Gertrudes gasta mundos e fundos para manter a relação, empresta e compra no seu nome para o seu amado e fica muito brava quando perguntam em que ele ajuda? A resposta está na ponta da língua. "Ele não tem obrigação de me sustentar". Vai entender. Nunca mais vi a Gertrudes, nem ouvi falar do Givanildo. Na verdade tem uma história não oficial que conta que um dia Givanildo não voltou mais pra casa e Gertrudes não sai de lá desde então, curtindo um amor desesperado por alguém que jamais retornará. Se você se identificou com esta história, qualquer coincidência é mera semelhança.