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segunda-feira, abril 04, 2016

Poder de Cura III

"Antes da continuação da história quero pedir desculpas aos fãs do blog, pela demora nas publicações, infelizmente tentado andado ocupado e quem acompanha o meu sabe que tenho problemas sérios de visão o dificulta ainda mais a continuação das publicações, mas este esforço para satisfazê-los com as minhas histórias, espero que gostem e continuem comigo, farei o máximo para que não tenham que esperar tanto na próxima vez." O autor.


Vendo que Bóris era bastante eficiente, Carlos começa a visualizar seu hospital como referência nacional de instituição. Porém ainda havia um problema, pois os poderes de Bóris não podiam ser explicados, a não ser como milagres, então Carlos sabia que em algum momento, isto viria a tona. Neste dia em especial sabia que devia tomar uma decisão a este respeito.
- Gostaria de falar com o Diretor Carlos.
- Nome e assunto por favor!
- Eu sou Jorge Erllen Meyer e vim fazer uma proposta muito vantajosa para ele.
- Aguarde um minuto senhor Erllenmeyer.
Na sala do diretor:
- Erllen Meyer, Erllenmeyer onde já ouvi este nome.
- Senhora Clara mande-o entrar.
Logo:
- Senhor Carlos.
- Senhor Erllenmeyer.
- Jorge, por favor.
- Certo, senhor Jorge, em que posso ser útil, disse a minha secretária que tinha uma proposta para mim, é sobre o meu hospital.
- De certa forma sim, na verdade senhor Carlos, eu soube que o seu hospital tem feito curas milagrosas que desafiam a medicina, pode me falar a respeito.
- Depende senhor Jorge, o senhor representa alguma corporação?
- Eu represento o mercado farmacêutico e tenho andado preocupado que os seus pacientes deixem de usar nossos remédios.
- Agora me lembrei do senhor é o dono do maior laboratório de remédios do país, mas por que acha que meus pacientes fariam isto senhor Jorge?
- Realmente acha que não sei o que está acontecendo aqui, senhor Carlos? Então vou direto ao assunto, primeiro suas curas são realmente milagrosas ninguém que entra neste hospital com doenças crônicas e terminais sai precisando tomar um analgésico sequer, então significa apenas que o senhor está represando todo o lucro para si, isto pode criar um grande conflito de interesses, está me acompanhando senhor Carlos. – Carlos assente com a cabeça – Mas não é isto que me preocupa hoje.
- Não é, depois deste discurso achei que fosse me perseguir ou me denunciar, o que o senhor realmente quer senhor Jorge?
-Na verdade, estou disposto a esquecer este contratempo e deixá-lo trabalhar em paz, se o senhor resolver o meu problema de saúde.
- Do que se trata?
- Este é o problema, ninguém sabe ao certo. Alguns chamam de epilepsia, outros de esquizofrenia e outros ainda de psicose, mas ninguém conseguiu me dar um diagnóstico correto ou mesmo um tratamento, eu trabalho par o ramo farmacêutico e sei que se tivesse algo que eu pudesse fazer já teria feito, por isto vim até você.
- Bem, senhor Jorge, vamos fazer o seguinte, vou marcar uma reunião com o meu milagreiro e conversaremos depois sobre as formas de pagamento que incluem a sua proposta que deve ser melhorada com uma proposta monetária evidentemente.
- Claro senhor Carlos, quando quiser.
Mais tarde Carlos encontra-se com Bóris.
- Este Erllenmeyer é um figurão do ramo farmacêutico que tem uma doença desconhecida e está disposto a pagar uma grande soma em dinheiro e com vantagens para você, correto?
- Sim.
- Então por que está preocupado?
- Não gosto da proporção que isto está tomando; não tenho nenhuma explicação científica para os seus poderes, tampouco religiosas, acho que em algum momento tudo isto vai virar um grande problema, não é como se você abrisse uma tenda e virasse curandeiro, a instituição pode ser prejudicada.
- Certo e o que quer fazer?
- Acho melhor acabarmos com a nossa relação comercial, mas se você puder responder por si mesmo, posso mandar alguns pacientes para você e assim, meu hospital não fica vinculado a nada disto.
- Se prefere assim, o mais importante para mim é que não falte grana.
- Certo então Bóris, vou mandar o Jorge falar com você, onde prefere recebê-lo?
- Aqui em casa mesmo, pode mandá-lo aqui.
Marcada a reunião:
- Deve ser o senhor Jorge.
- Sim e você o Bóris, o milagreiro, segundo o diretor Carlos.
- Sente-se senhor Jorge, há quanto tempo está com esta doença desconhecida?
- A cerca de 4 anos comecei a sentir os primeiros sintomas, mas acabei não me importando porque eram exporádicos, mas nas últimas semanas se tornaram constantes então fiquei preocupado.
- Do que exatamente estamos falando senhor Jorge.
- O que eu tenho não é físico Bóris, na verdade tive alguns ataques que qualificaram como psicóticos, mas a verdade é que eu vejo uma pessoa.
- Conhecida?
- Não.
-E o que ela faz?
- Me diz coisas, me manda fazer outras e as vezes adivinha coisas.
- Ela está com você agora?
- Sim.
- O que ela diz de mim?
- Que você não sabe o tamanho do poder que tem.
- Está entidade é masculina ou feminina?
- É uma mulher, quando a vi pela primeira vez parecia muito feia, agora está mais agradável a sua aparência, mas eventualmente volta a ficar feia.
- O que você quer?
- Que ela suma.
- Se ela adivinha coisas, parece ser uma grande vantagem.
- Há mais desvantagens, do que vantagens.
- Como assim, ela aprece do nada, fica dias sumida e normalmente aparece nos momentos mais inconvenientes e também costuma ficar muito tempo comigo quando aparece. Já acertei o preço com o Carlos, você pode ou não pode resolver isto para mim.
- Acho que sim.
Bóris pega nas mãos de Jorge e instantaneamente a mulher some.
- Tudo bem, senhor Jorge, ainda a vê?
- Não, você conseguiu e se ela voltar?
- Volte aqui e resolveremos.
- Obrigado Bóris, acho que finalmente encontrei a pessoa certa para o trabalho. – Diz isto e sai.
Bóris volta aos seus afazeres, depois liga para o Carlos diz que resolveu o problema de Jorge e logo está vendo televisão em sua casa. Quando ocorre algo inesperado:
- Virgilio Amarillo, pensei que não o veria tão cedo.
- Bóris, porque fez esta cura?
- Está falando do Jorge?
- Sim.
- O Carlos me trouxe ele, só quis ajudar o velho.
- Com certeza o ajudou, mas não ajudou a si mesmo.
- O que quer dizer?
- Este tipode doença não se cura Bóris, ela é apenas transferida.
- Como é?
-Agora, esta mulher vai ficar com você por algum tempo, até você descobrir como transferi-la, além de tudo pode ser que tenhamos dificuldade de conversar por causa dela.
Virgílio vai ficando transparente até desparecer por completo e em seu lugar aparece uma mulher bonita como disse o senhor Jorge:
-Quem é você?
- Não tenho um nome, mas pode me dar um se quiser, isto vai facilitar a nossa comunicação.


Continua.