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sexta-feira, junho 15, 2012

Um Conto Recontado II

Lorelay está com Guilherme em um médico que diz o seguinte:
- Eu não sei como lidar com isto, senhora Lorelay, acho que você precisa de um médico específico.
- O que ela tem, dr. Gustavo?
- Bem, ela insiste que tem 45 anos é casada com um tal Apolo que tem 3 filhos, dois já adultos e uma criança de 4 anos.
Guilherme diz:
- Finalmente aconteceu, ela ficou lelé da cuca.
- Guilherme, deixa que eu resolvo isto. O que vocé sugere doutor?
- Sugiro um psicólogo.
- Não temos dinheiro para isto.
- Olha senhora Lorelay, como é um caso diferente, eu vou recomendar o Dr. Fabrício Dela Vega, mas antes que me pergunte, ele não é parente do Zorro. - Ninguém consegue conter o riso - Mas, continuando, acho que ele vai gostar de trabalhar com ela e ele também é recém-formado pode ser que cobre barato ou nem cobre, diga que eu recomendei o caso e eu o porei a par do assunto.
Meredith está numa sala, Lorelay chega:
- Mãe, como é possível que esteja aqui?
- Porque está dizendo isto, minha filha.
- Você devia estar morta.
- Meredith, você tomou alguma coisa que algum de seus amigos lhe deu?
- Não mãe, estou muito contente de vê-la, mas isto não pode estar certo, vocês estão mais jovens, muito mais jovens, porque eu estou aqui?
- O médico disse que você está insistindo em dizer que tem 45 anos.
- Mas eu tenho 45 anos, não me lembro de já ter vindo a este hospital.
- Se você tiver 45 anos, todos vão querer saber o porquê desta cara de menina.
- Menina? - Ela se olha no espelho e pergunta - Mãe, quantos anos eu tenho?
- 14, minha filha, mas completará 15 no próximo mês.
Ela se lembra da cigana e vê uma enfermeira passar de relance parece muito com aquela mulher que a parou na praça:
- Mãe, quem é aquela mulher?
- É a Brigite, minha filha.
- Você se importaria de chamá-la por favor?
- É claro que não.
Logo:
- Oi, querida, você é a filha da Lorelay, não é mesmo.
- Sim, você conhece a praça Júlio do Amaral.
- Lorelay, posso falar um pouco a sós com a sua filha, é muito rápido.
- Claro, Brigite.
Depois de saírem:
- Certo, Meredith, não é mesmo.
- Você me conhece.
- Sim, conheço, quero dizer, talvez conheça. Você veio do futuro, certo?
- Sim, como isto aconteceu?
- Não é muito fácil de explicar, Meredith, mas eu devo ter encontrado você muitos anos no futuro.
- É, aproximadamente 30 anos.
- Eu toquei em você?
- Sim.
- Eu não sei detalhes, ainda tento entender isto, mas acho que você fez um desejo quando tocou na minha mão e tenho um dom que ainda não sei dominar, mas sei que realizo desejos, acho que você desejou viajar no tempo, por isto, está aqui, o seu futuro não se perdeu, mas cuidado, tudo o que fizer aqui pode mudar drasticamente o futuro que você conhece.
- Eu posso voltar?
- Sim, se for um desejo do fundo de sua alma, é só tocar na minha mão.
- Podemos tentar.
- Claro.
Meredith põe a mão na mão de Brigite, mas nada acontece:
- Deveria ser automático? - pergunta Meredith.
- Sim, se nada aconteceu, você não deseja retornar, não ainda. Quando estiver pronta, sabe onde me encontrar.
Brigite sai do quarto sem se despedir:
- Sobre o que conversaram? - Diz Lorelay, curiosa.
- Esta história não pode ficar mais estranha do que já está.



Continua.