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sexta-feira, abril 10, 2015

Piadas em Série.

Guilherme recebe uma carta ao chegar em casa, estranhou, pois não havia remetente, mesmo assim, não teve nenhum receio de abri-la. Um leve sorriso toma conta de sua face ao perceber que se trata de uma piada.
“O professor diz aos alunos:
-Ninguém tem tudo e eu vou provar para vocês. Pedrinho, o seu pai tem um carro?
- Sim. - diz o garoto.
- Mas o seu pai tem um avião?
- Não professor.
O professor continua:
- Juquinha e o seu pai tem um avião?
- Tem sim, professor.
- Mas o seu pai tem um iate?
- Não tem não professor.
Neste momento Joãozinho se levanta e diz:
- O meu pai tem tudo professor.
- Como assim Joãozinho?
- Um dia a minha irmão chegou em casa e disse: - Pai este aqui é o meu namorado. - O cara tinha um piercing na língua, usava uma camisa rasgada uma calça de couro, penteado punk, se dizendo ateu e contra o sistema capitalista. Aí o meu pai disse: - Era só o que me faltava.”

- Quem será que me escreveu isto. - pensa consigo. À noite, no bar, Guilherme mostra a carta a Soares, seu colega de bar:
- Então você tem um admirador piadista.
- Não sei o que pensar.
-Recebeu alguma carta anterior?
- Não é apenas a primeira, mas tenho a impressão que não será a última.
- Por que pensa assim?
- É porque não faz sentido, duvido que o objetivo desta pessoa seja apenas me divertir.
No outro dia:
- Guilherme, já disse para não trazer mulheres aqui na pensão. – Diz Dona Filomena que é a dona do estabelecimento.
- Mulheres, do que está falando?
- Uma mulher loira esteve aqui hoje à tarde e disse para lhe entregar esta carta, faz favor de não deixar isto acontecer de novo.
- Uma loira? Como ela era?
- Sei lá, 1,70, cabelos longos e lisos, maquiagem pesada e vestida com uma blusa amarela e um shorts branco.
Guilherme treme e quase desmaia:
- Senhor Guilherme, tudo bem?
- Sim é que na verdade você acabou de descrever a minha mulher morta.
Filomena faz o sinal da cruz e larga a carta no chão, quando está ao final do corredor, grita:
- Deixe os seus mortos longe da minha pensão.
Guilherme abre a carta e se trata de mais uma piada:
“O diretor do hospício desenha uma porta no muro com maçaneta e tudo e diz para os internos que quem conseguir passar pela porta estaria livre, esta solução foi pensada por haver pouco espaço para os internos, então quem percebesse que não era de fato uma porta seria liberado. Então após muitas tentativas dos internos e várias escoriações, o médico percebeu que um deles não havia tentado abrir a porta, então o diretor pensou este deve estar são, mandou que o chamassem e ao perguntar ao interno porque ele não havia tentado abrir a porta, o mesmo respondeu de maneira firme ao pé do ouvido do diretor, eles não vão conseguir abrir a porta, porque a chave está comigo.”
- Já é a segunda carta?
- É Soares, mas tem algo diferente desta vez.
- O que?
- A Dona Filomena, dona da pensão me deu uma descrição da pessoa que deixou a carta.
- Então o mistério está resolvido.
- Não exatamente.
-Como assim?
- Ela descreveu a minha mulher...que morreu há uns três meses.
- Nossa, esta história está cada vez melhor, agora tem até fantasma.
- Pois não é, rapaz, eu estou perplexo e morrendo de medo que ela apareça.
No terceiro dia, outra carta aparece por baixo da porta, Guilherme se ajeita na cama, levanta-se e percebe a carta perto da porta:
- Por quanto tempo isto irá acontecer?
“Um homem estava procurando alguma coisa embaixo de um poste de luz. Uma pessoa chega e pergunta:
- O senhor perdeu alguma coisa?
O homem que estava bêbado respondeu:
- Eu perdi as minhas chaves e estou procurando ela.
A pessoa perguntou:
- Mas você perdeu as chaves por aí?
O Bêbado responde:
- Não eu perdi lá na outra esquina.
- Então porque o senhor está procurando aí?
- É porque aqui tem luz.”

- Ao menos as piadas são engraçadas.
Guilherme sente um misto de apreensão e alegria, pois as piadas são boas, mas o que o preocupa é quem as escreve. No outro dia recebe nova carta:
“Amanhã você saberá quem sou? ‘Qual o cúmulo da rapidez? Trancar uma gaveta com a chave dentro.’”
Guilherme começa a andar pelo corredor da pensão e encontra Dona Filomena:
- Dona Filomena, a senhora viu quem pôs esta carta embaixo da minha porta?
- Acha que não tenho o que fazer?
- Dona Filomena, você me entregou uma destas cartas, por isto estou perguntando.
- Sim, a carta da morta.
- Exato, Você a viu de novo por aqui?
- Desta vez não Senhor Guilherme. Alguma pista dela?
- Bem, a carta diz que amanhã eu saberei quem manda as cartas.
No outro dia, o última carta chega:
“O meu nome, a metade você passa no pão, a outra metade você compra na concessionária.”
Desta vez não há resposta, depois de muito pensar e até fazer anagramas, gritou a plenos pulmões:
- Margareth.
A campainha toca e para surpresa de Gulherme quem está a porta é a sua mulher morta, chamada Margareth, Guilherme não resiste a emoção e desmaia. Depois de várias tentativas de reanimar Guilherme, Margareth finalmente consegue:
- AI, meu Deus, não foi um sonho. – Diz Guilherme se afastando de Margareth.
- Não Guilhereme, não foi sonho.
- Mas você morreu, eu fui ao seu enterro, como pode estar viva.
- Naquele dia ocorreu uma coisa inusitada, eu tinha parado no sinal e de repente uma moça me encostou uma arma na cabeça e roubou o meu carro, logo que ela arrancou, bateu o carro e capotou e o carro pegou fogo, por isto acharam que era eu, inclusive você.
- E por que você não me procurou depois disto?
- Além do susto que obviamente você levaria, a nossa vida não era tão boa assim né, senhor Guilherme.
- E o que tem feito nos últimos meses?
- Comédia de Stand-up, por isto mandei algumas piadas para você, acho que está funcionando, tenho feito espetáculos todos os dias.


FIM.