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quarta-feira, outubro 09, 2019

Xadrez dos Deuses VI


Digitado por Catherine Bergas Vieira


“Aqui cabe um breve esclarecimento para você que quer acompanhar como vai o jogo ou quem está em vantagem recomendo que peque um tabuleiro de xadrez posicione as peças no início do jogo e faça os movimentos lembrando que os movimentos começam com as brancas e nesse caso quem iniciou o jogo foi Javé caso tenham dúvidas escrevam nos comentários.”


- Então, de certa forma, eles não tem livre arbítrio como você dizia.
- Pode parecer que não Mazda, mas a verdade é que toda a decisão tomada está nas mãos deles, naturalmente , se tiverem fé, em alguns momentos posso colocá-los no caminho certo.
- Mas então, onde está a escolha neste caso.?
- A escolha está no fato de eles terem confiança no meu julgamento, eu sempre sei o que é melhor para eles, como bom pai que sou, mas nem sempre posso ajudá-los, pois quando se trata de desejos e não necessidades, a ajuda pode atrapalhar, pois eles não sabem discernir uma coisa da outra.
Movimento de Mazda CG4-H6.
- Sabe Javé, isto tudo é muito confuso para mim, me explica uma coisa, por que escolheu os humanos?
-Quem você escolheria?
- Não sei, talvez os macacos.
- Pensei neles também Mazda,no entanto eu teria extrema dificuldade de tirá-los da rotina da selva a qual estavam acostumados,lembrando que os humanos são primatas, portanto pertencem a mesma linhagem dos macacos.
- O que me incomoda nos seres humanos é esta mania de grandeza, acham, em sua grande maioria, que poderiam gerir o mundo melhor do que o seu criador.
-É verdade Mazda, é assim mesmo que eles pensam; por isso é um grande desafio cuidar deles.
Movimento de Javé CC3-D5
- Todas as vezes que tentei criar um novo mundo, em nenhum momento considerei a possibilidade de cria-los com humanos, aliás, nunca tive a oportunidade de agradecer-te por deixar o meu filho Zaratustra viver uma vida completa em seu mundo.
- Ora, Mazda foi um grande prazer, eu achei que depois da experiência, Zaratustra te ajudaria com mais conhecimento de causa na criação do seu mundo.
- Na verdade ele ajudou sim e muito; os fatores que fizeram com que meu mundo não desse certo foram outros. Quer exemplos: uma vez eu criei o mundo em um planeta muito próximo da estrela e meus indivíduos duraram menos de um mês; em outra ocasião criei indivíduos de pedra, além da relação entre eles ser extremamente difícil ainda tinha um agravante, eles não morriam.
Movimento de Mazda-DD8-F6
- kkkkkkkkkkkkkkkk, isto realmente é um grande problema, indivíduos que não morrem são mais difíceis de doutrinar, a propósito, audacioso de sua parte movimentar a rainha desta forma.
Um barulho parecido ao de um telefone ecooa pelo lugar.
- Você trouxe algum aparelho de comunicação com você, Javé?
- Não, por que pergunta?
- Não me diga que não está escutando esse barulho.?
- Parece que está vindo do seu bolso.
Mazda, muito desconcertado, olha em seu bolso e percebe que um aparelho está brilhando dentro dele fazendo o tal barulho. - Desculpe eu havia esquecido este aparelho, parece que Zaratrusta precisa de mim –atende o telefone – Fala filho!
- Pai,você está com Javé?
- Estou sim filho.
- Jesus precisa falar com ele.
Continua

quinta-feira, abril 04, 2019

Defensores da Terra

Em uma nave estelar uma raça evoluída trilha o Universo em busca de novas sedes em planetas considerados inferiores ou pouco habitados.
- Capitão, estou detectando um planeta em um sistema de oito planetas que giram em torno de uma estrela anã.
- O que você acha imediato?
- Não custa verificar, Capitão.
- A que distancia estamos dele, cadete?
- Cerca de 4 anos –luz senhor.
- Marque o curso para o sistema.
Com sua tecnologia avançada chegam ao sistema em meia hora:
- Capitão, estamos no sistema.
- Certo cadete, você havia dito que era um sistema de oito planetas no entanto percebo que há um nono.
- Perdoe-me Capitão é uma confusão bastante comum, mas devido ao tamanho deste último, ele não é considerado um planeta e sim um planeta anão.
- Vejo que costuma fazer a lição de casa Cadete, a qual destes planetas você se referia.
- Ah sim, eu me referia ao terceiro planeta a partir da estrela.
- Temos alguma informação sobre ele?
- Apenas o nome, senhor.
- E qual é?
- Seus habitantes o chamam de Terra.
- Não me diga, se eu ganhasse uma unidade monetária por cada vez que ouvi este nome já estaria com muitas delas, não obstante termos nos livrado deste tipo de ambição há milênios. De quantos habitantes estamos falando Cadete.
- Em torno de 7 bilhões senhor.
- Hora um número expressivo, é prudente mandarmos uma sonda para verificar suas defesas, tem certeza que não há registro deles em nossa biblioteca.
- Na verdade há uma citação dizendo que são pouco evoluídos e que tem defesas parcas, ou seja não é uma ameaça para uma nave estelar.
- Entendo, mas em sendo assim porque ainda não foram conquistados?
- Porque as raças que passaram por este sistema acharam que não deveriam interferir com a evolução deles.
- Certo cadete, envie a sonda e me mantenha informado, a ponte é sua imediato, estarei no meu gabinete se precisarem de mim.
- Capitão, uma comunicação do comando.
- Passe para o meu gabinete, atenderei lá.
Logo:
- Capitão Aziz.
- Almirante Hover.
- Soube que está rondando um sistema estelar muito longe de casa.
- Estou fazendo o meu trabalho almirante, acha que eu não deveria estar aqui?
- Não, pelo contrário Capitão, você está exatamente onde deveria estar.
- Com todo respeito senhor, o que objetivamente deseja com esta ligação?
- Você pode entrar para a história do povo Sircondo se conquistar o planeta que deseja.
- Não tenho certeza se vou atacá-lo, estou apenas fazendo uma sondagem. Alguma recomendação?
- Acho que não preciso recomendar nada ao melhor capitão da frota, no entanto prepare-se para uma grande luta, pois talvez o seu alvo não esteja exatamente sozinho.
- O que quer dizer, tem mais informações sobre esta tal Terra.
- Na verdade já falei demais é tudo confidencial, mas lhe desejo boa sorte.
- Sabe que não acredito em sorte senhor.
A ligação é encerrada. O Capitão fica um pouco intrigado, mas segue sua rotina diária, mais tarde:
- Capitão Aziz.
- Cadete.
- Tenho boas notícias nosso alvo tem como arma maior um artefato nuclear.
- E como isto é uma boa notícia?
- Temos escudos capaz de nos proteger e até nossos trajes são imunes a isto.
- Então vamos a batalha, em quanto tempo estaremos prontos?
- Em algumas horas senhor.
- Ótimo, prepare as tropas.
A nave estelar chega rapidamente ao seu destino:
- Olha só que planeta frágil, não tem sequer um campo de força como proteção, qualquer asteroides poderia destruir toda a vida existente no planeta, ainda acho estranho que ninguém tenha vindo para conquistá-lo. Vamos começar devagar, 3 naves auxiliares descerão ao planeta e esquadrinharão pontos vulneráveis para conquistarmos nosso vigésimo planeta.
Todos erguem as armas para cima e dizem um grito de guerra, no entanto quando as naves se encaminham para a atmosfera da Terra, inexplicavelmente são teleportadas para dentro de sua nave novamente:
- O que houve Cadete?
- Não sei dizer Capitão.
- Especule.
- Aparentemente há um buraco de minhoca no início da entrada do planeta o intrigante é que a saída dele dá direto no nosso hangar.
A nave é contactada:
- Identifique-se por favor.
- Sou o Capitão Aziz da nave estelar Bording do povo Sircondo e vocês são a defesa da Terra?
- Podemos dizer que sim.
Neste momento uma frota inteira de naves aparecem em torno do planeta, não deixando nenhum flanco desprotegido.
- Por que não detectamos suas naves?
- É uma tecnologia superior a de vocês.
- Mas a Terra não tem este tipo de tecnologia.
- Evidentemente, mas nós não somos da Terra.


Continua

sexta-feira, fevereiro 08, 2019

Poder de Cura IV

- Certo, vamos lá, vou te chamar de Verônica.
- Gostei do nome e você, como devo chamá-lo?
- Me chame de Bóris.
- Então Bóris, o que quer saber?
- Me fale sobre como foi parar na cabeça do senhor Jorge?
- Olha, na verdade, ocorre na hora da morte, eu estava com outra pessoa e ela morreu e aí eu fui para a cabeça do Jorge, não sei como acontece, só sei que acontece.
- Certo, há quanto tempo você estava com ele?
- Acho que uns cinco anos.
- Entendi. Como você funciona?
- Vai depender muito do seu humor, se ficar muito nervoso, vou ficar feia e estressada, se ficar mais feliz serei bonita e prestativa.
- Certo Verônica, acho que vamos nos dar bem, você por acaso não pode se ocultar da minha visão?
- Não, não será possível, posso ficar em silêncio, mas estarei com você o tempo todo.
- O Jorge disse que você desaparecia por longos períodos.
- Era quando ele curava uma ressaca com outra bebedeira, ele ficava dias assim, então nossa conexão era quebrada.
-Claro e você por acaso não é capaz de ler pensamentos?
- Só quando está sonhando, acordado não.
Alguns anos depois:
- Olá, eu sou o Bóris, tenho uma consulta marcada com a Dra. Bárbara.
- Sim senhor Bóris – Responde a secretária – aguarde um minuto que vou chamá-la.
Boris parece nervoso e desconcentrado não consegue aguardar sentado. Logo a Dra. Bárbara o Chama:
- Senhor Bóris, pode entrar.
Bóris entra olha todo a sala demoradamente após isto, senta-se:
- Vejo que é a sua primeira consulta senhor Bóris.
- Sim.
- E qual é o problema senhor Bóris?
- Na verdade tenho muitos, mas dois deles realmente me preocupam.
- E quais são eles?
- O primeiro é que sou capaz de curar doenças, o segundo é que uma moça fala comigo só que ela não existe.
A Dra, Bárbara escreve nas anotações: paranoia e esquizofrenia:
- Por qual vamos começar Bóris?
- Acho que a moça está me incomodando mais do que minha capacidade de curar.
- Certo então podemos começar por aí.
- Na verdade, doutora, a Verônica está comigo por causa do meu poder de cura.
- Você deu um nome para ela ou ela já tinha um nome quando veio até você.
- Fui eu quem deu o nome para ela, ela veio faz alguns anos quando curei um sujeito que se dizia perseguido, ele me contou a história e assim eu o curei, achei que tinha resolvido tudo, mas ela apareceu para mim, algum tempo depois da cura.
- Espera um pouco Bóris, preciso me situar. Você cura pessoas e ao curar uma pessoa, ao que tudo indica, esquizofrênica, você absorveu esta esquizofrenia para si. Estou um pouco curiosa, quando você cura doenças todas elas vêm para você?
- Sabe doutora, nunca havia pensado nisso, mas não vem não esta é a primeira vez.
- Então o que você acha que aconteceu neste caso específico.
- Na verdade, é por isso que estou aqui.
- Quer falar sobre o outro problema ou podemos nos focar neste por enquanto.
- Bom, uma coisa de cada vez, vamos tratar da Verônica.
- Muito bem, ela está com você, certo?
- Sim.
- Ela pode responder há algumas perguntas? Ela pode me ouvir?
- Sim e sim.
- Verônica de onde você é?
- Ela disse que é do Egito.
- Ora que peculiar, quando você nasceu?
- Ela disse que pelo nossa contagem a cerca de cinco mil anos.
- Por quantos hospedeiro você já passou?
- Ela não entendeu a peergunta.
- Como você chamaria o Bóris.
- Ela disse “de meu amigo”.
- Então por quantos amigos já passou?
- Ela disse “o Bóris deve ser o de número 2000
- Entendo e como exatamente isto se dá?
- Ela disse “geralmente pela morte, mas às vezes indivíduos especiais conseguem me sugar para a mente deles.”
- Agora quero falar com você Bóris. Em que exatamente ela te incomoda?
- Bom pra começar ela não dorme, então quando eu acordo ela me enlouquece com muitas perguntas, depois quando ela se acalma ainda assim quer conversar, mas não posso conversar com ela, por que as pessoas vão achar que eu sou maluco e isto fará eu perder a minha credibilidade, então tento ignorá-la, aí ela começa a gritar e a me xingar até que eu lhe dê atenção novamente.
- Muito bem, Bóris, acho que por hoje já chega, vou fazer uma análise disto tudo e vamos determinar um tratamento, por enquanto vou te receitar um psicotrópico, mas acho que pode interferir no seu poder de cura, me mantenha informada sobre os efeitos colaterais, falo com você na próxima semana.
- Obrigado doutora, acha que tenho chances de cura?
- Com toda certeza, já vi casos parecidos e acho que podemos chegar a algum lugar.
Logo depois na casa de Bóris.
- Você não vai tomar o remédio?
- Não Verônica, você vai desaparecer.
- Mas não era isto que você queria?
- Não na verdade eu quero te ajudar, esta doença não é minha, é sua eu preciso libertá-la, não pode continuar vagando por aqui, precisa seguir seu caminho, só agora compreendo por que você está comigo.


Continua