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quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Vultos Históricos do Paraná - Interventor Manuel Ribas

Nascido em Ponta Grossa, foi viver em Santa Maria, Rio Grande do Sul, onde tornou-se prefeito da cidade, quando o General Mário Tourinho renunciou ao cargo de interventor do Paraná, após a revolução de 30, Getúlio Vargas então Presidente do Brasil, foi buscar Manuel Ribas em Santa Maria para assumir o cargo vago, segundo Vargas, Ribas era o único capaz de conciliar os problemas políticos da região. Manuel Ribas esteve por treze anos a frente do governo paranaense, ora como interventor, ora como governador. Autodidata, simples, severo, era, apesar do gesto rude, um grande coração. Generoso e honesto, destacava discursos longos e homenagens protocolares. Em torno de seu procedimento singular criaram-se lendas de inefável sabor folclórico. O apelido de “Mané Facão” (ou ainda Maneco Facão) adveio-lhe do corte, a que foi obrigado, de funcionários públicos em excesso diante de um quadro financeiro caótico que lhe incumbia administrar. Apesar de parcos recursos disponíveis, realizou importantes obras básicas, sem descuidar da assistência aos pobres e desvalidos, cujos dramas muito o sensibilizavam. Construiu estradas, escolas, como o Colégio Estadual em Curitiba, teve um cuidado especial com a agricultura e pecuária, reaparelhou o Porto de Paranaguá, priorizou a Saúde Pública. A Klabin veio para o Paraná por sua influência. Concedeu a Poty Lazarotto uma bolsa de estudos no Rio de Janeiro. Com a queda de Vargas, caiu também o interventor. Manuel Ribas foi um milagreiro no que se refere a recursos, colocando muitos matemáticos no bolso, construiu, apoiou e realizou obras inimagináveis com recursos tão baixos que deixaram políticos contemporâneos envergonhados.

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