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quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Teoria da Conspiração III

Na Delegacia:
- Então senhor...- Olha umas anotações e com olhar de surpresa diz - ...Pedro Medário?
- É isso aí, também tem uma piadinha para isto?
- Não senhor, não tenho tempo para piadas, gostaria de saber, senhor Pedro, o que o senhor faz da vida?
- Não vou responder nada sem o meu advogado.
- Senhor Pedro, só estamos tendo uma conversa preliminar, quero saber com quem estou lidando, aliás, o senhor parece ser muito importante.
- Posso saber do que estou sendo acusado?
- Claro, espionagem industrial e internacional, coação de pessoas, corrupção de menores, falsidade ideológica e outras coisas que tenho até vergonha de dizer.
- Falsidade ideológica?
- Ah, as outras acusações não espantam você?
- Mas o meu nome é este mesmo.
- É, seu Pedro, se o senhor disser que é empresário e for lixeiro, também é falsidade ideológica, mas vamos direto ao assunto, já conseguiu o que veio buscar?
- E o que eu vim buscar?
- Ótimo, você é um agente treinado, talvez o desentupidor consiga convencê-lo.
- Desentupidor?
Mendes sai da sala e entra um sujeito enorme que diz:
- Você vai me dizer o que eu quero saber.
- Ah, você deve ser o desentupidor.
- É, mas me chamam de Mário também.
Na casa de Sílvio:
- Fabíola, onde está a Daniele?
- Está no quarto.
Depois:
- Oi Daniele, quanto tempo fiquei desacordado?
- Cerca de meia hora.
- O que aconteceu?
- Ainda não sei, o capitão Mendes disse que ia levar o Pedro para o 8º distrito.
- Já mandou algum advogado para lá.
- Sim, mandei o Guilherme Paes, ele é criminalista, conhece bem do riscado.
Na delegacia, desentupidor termina o serviço:
- E então Mário alguma novidade?
- A única coisa que tirei dele é que ele não trabalha, acho que preciso evitar golpes no rosto, assim as pessoas têm dificuldade de falar.
- Tudo bem, vamos tentar o polígrafo.
No escritório do detetive "Vaselina":
- Claro, entendo, ótimo, sei o que fazer, obrigado tenente.
Raul põe o seu chapéu panamá e sai apressado do escritório, um táxi o espera, ele dá o endereço ao taxista e meia hora depois está perto de um aeroporto:
- Mister Raul.
- Mister Riggs.
Se cumprimentam:
- You don't speak portuguese, I presume.
- Of course not.
- How FBI choose one Special Agent to this case that not speak portuguese.
- Certo detetive, não consegui te enganar.
- Elementar, meu caro Watson.
- Certo o que você tem pra mim.
- Ele está aqui no 8º distrito, já deram um sacode nele, mas não conseguiram nada.
- Isto já era esperado, ele já aguentou torturas homéricas.
- E o que pretendem fazer.
- Você é que é o detetive, achei que não precisaria fazer este tipo de pergunta?
- É, às vezes até eu me esqueço, tenha uma boa tarde Senhor Riggs, ah sim não esqueça do meu pagamento.
- Nunca falhamos com você Raul, não seria deste vez.
- Eu agradeço.
Na casa de Sílvio, o telefone toca:
- Alô, sim é o Sílvio. Sei, mas ele está bem? Como assim, ele não está no distrito? Ninguém sabe do seu paradeiro? Tudo bem, vou tentar tomar umas providências.
- O que que houve papai?
- O dromedário sumiu. - Faz um sinal com a mão, dá um sopro na mão com ela fechada.
- Pai, nem mesmo nesta situação, você consegue parar de brincar.
- É nervoso minha filha, mas há uma coisa que posso fazer.
- O que?
Depois, um telefone toca muitas vezes, numa sala vazia, até a secretária eletrônica atender:
"- Aqui é o detetive Vaselina, se quiser tornar o meu trabalho difícil, não precisa se identificar, mas se quiser um retorno imediato é melhor deixar o seu nome e telefone, retornarei assim que possível."
- Raul, é o Sílvio, ligue-me imediatamente, tenho um caso de desaparecimento para você.

Continua

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