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sábado, fevereiro 11, 2012

Vultos Históricos do Paraná - Poty Lazzarotto

Poty Lazzarotto, nasceu em Curitiba a 29 de março de 1924, filho de Issac Lazarotto e Julia Tortato Lazzarotto, o pai era ferroviário, a mãe cuidava de um restaurante que era freqüentado pela alta cúpula paranaense, dentre os quais o então governador do Paraná Manoel Ribas, nos idos dos anos 40, percebendo a qualidade de Poty, premiou-o com uma bolsa de estudos na Escola de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Alguns anos antes Poty havia publicado uma história no jornal Diário da Tarde. A primeira ilustração de Poty foi no livro “Lenda da Herva Mate Sapecada a convite de seu autor Hermínio da Cunha César. Participou de todos os números da revista “Joaquim” entre 1946 e 1948, com ilustrações, revista esta editada por Dalton Trevisan.
Foi aluno de Carlos Oswald, no Liceu de Artes e Ofícios, ocasião em que recebeu do governo francês bolsa para se aperfeiçoar em Paris (1946/47), onde teve contato com a técnica litográfica. Voltou ao Brasil em 1948, indo trabalhar no jornal da Manhã, de Samuel Wainer, realizando ilustrações para vários jornais do Rio de Janeiro.
Obteve medalha de ouro e Prêmio de Viagem ao País na secção de Artes Gráficas do Salão Nacional de Arte Moderna.
Exposições individuais no Rio (1944 e 1948), São Paulo em 1949, Salvador em 1950, Recife em 1951. Em Curitiba expôs no ano de 1948, sendo posteriormente homenageado pelo governo paranaense com Salas Especiais no XVIII Salão Paranaense (1961) e no 5° Salão de Arte Religiosa Brasileira, Londrina em 1969. Esteve no Xingu em 1967 com os sertanistas Orlando Villas Boas e Noel Nutels, ocasião em que fez cerca de 200 esboços sobre hábitos e costumes dos índios. Realizou exposição em Bruxelas e Londres, promovidos em 1968 pelo MIC e em 1969 em Washington, a convite do Itamarati, com uma coleção de talhas.
Em 1950 organizou o primeiro curso de gravura no Museu de Arte em São Paulo, tendo também ministrado curso de gravura na Bahia (1951), Recife em 1954 e em Curitiba.
Ao longo de sua vida, trabalhou principalmente com desenhos, gravuras, murais, serigrafia, litografia.
Os murais são representativos de sua obra, embora tenha sido o desenho o seu principal veículo de expressão, notadamente as ilustrações que realizou para os mais diversos autores, destacando-se entre esses Dalton Trevisan, considerado o maior contista brasileiro. Em sua execução, Poty empregava materiais diversos, como madeira, vidro (vitrais), cerâmica, azulejo e concreto aparente, esse último um de seus materiais de predileção.
Há obras de Poty espalhadas por diversas cidades do Brasil e do exterior, incluindo murais em Portugal, na França e na Alemanha.
Suas obras também podem ser vistas em diversos locais públicos de Curitiba, como os painéis do pórtico do Teatro Guaíra, no saguão do Aeroporto Afonso Pena, na Praça 29 de Março, na Praça 19 de Dezembro (Curitiba) e na Torre da Telepar.
Faleceu de câncer no pulmão, em 1998. Estava trabalhando, então, em um painel encomendado para a Hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu. Seu último trabalho foi a ilustração para um cartaz encomendado pelo Hospital de Clínicas, em Curitiba, para sensibilizar as pessoas sobre a necessidade de doações. Foi sepultado no Cemitério Municipal do Água Verde, em Curitiba.

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