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sábado, setembro 07, 2013

Um conto recontado V

- Você disse 7 minutos?
- É, no máximo, o que houve com você?
Nisto aparece o SIATE:
- Você é a Dolores?
- Sim.
- Então foi você que nos chamou?
- Foi, minha amiga tinha passado mal, agora ela está em pé, talvez não precisemos mais do serviço. Como você está Meredith.
- Meio zonza.
- Então vamos para o hospital, é melhor prevenir né?
- Vamos então.
Na ambulância:
- Dolores, liga pro Apolo para avisar que estou no hospital.
- Apolo, você está de namorado novo?
- Como assim, namorado novo, ele é meu marido há quase dez anos.
- Meredith, como assim, você nunca foi casada, sempre pulou de relacionamento em relacionamento e alegava sempre aos seus pretendentes que não era mulher de se amarrar, ganhou várias admiradoras por isto.
- Como nunca fui casada, me casei duas vezes e tive um longo relacionamento que poderia chamar de casamento também.
- Não sei o que houve com você amiga, mas estou começando a achar que é grave.
- Tudo bem, vamos lá, liga para este número e veja se não atende o Apolo.
Ato feito:
- Apolo. - Ele atende
-... É ele. - Diz a amiga passando o telefone para Meredith, ela pega o telefone:
- Oi querido, estou indo para o Hospital Nossa Senhora das Graças.
- Quem está falando.
- Ué, não conhece mais a sua mulher.
- Virgínia?
- Quem é Virgínia? É a Meredith.
- Meredith, nossa quanto tempo não falo com você.
- Que brincadeira é esta Apolo. Somos casados há cerca de 10 anos.
- Não somos não. E a culpa é sua, depois que me dispensou naquela festa após de 3 anos de namoro, aí encontrei a Virgínia e ela quis se arriscar comigo. Desculpe se fiz você acordar do seu pesadelo, mas infelizmente não somos casados, você disse que está indo para o Hospital?
- Sim.
- Interessante, pois eu estou no hospital cuidando do meu menino, ele teve uma pneumonia forte, mas agora já está tudo bem, o pior já passou.
- Menino.
- É, ele se chama Brian.
- Nós temos uma filha se chama, Felicity.
- Seria ótimo se fosse verdade, desculpe tenho que desligar a Virgínia chegou.
- Dolores, ele desligou. - Diz isto atônita.
- Amiga, eu te disse há muitos anos que este homem era o homem de sua vida e você deu de ombros.
- Então vou ligar para o meu filho vir me ver aqui no hospital.
Escreve o número no celular, resposta da operadora:
- ...Este número não existe, consulte a lista.
- Então Dolores você me disse que nunca me casei, então não tenho filhos não é mesmo.
- Na verdade, tem sim.
- Sabia que pelo menos meus dois filhos estariam comigo, ele deve ter mudado o número do celular.
- Ele? Você tem três filhas.
- Sério.
- Você me contou que namorou um sujeito por alguns anos não chegou a morar com ele, depois ele foi embora com a empregada e te deixou as 3 meninas. Mas elas não são suas filhas de verdade. Você gostou da ideia de ser mãe delas, pois o pai não as levou quando fugiu, ficou com pena porque elas não tinham para onde ir.
- Tenho filhas adotivas?
- Sim.
- E como entro em contato com elas?
- Procure no seu celular.
- Que nome devo procurar?
- Engraçado, você me perguntar isto.
- Por quê?
- Uma delas se chama Felicity.
Ela meio descrente encontra no celular, "Felicity, filha amada", chama, sem entender bem como falar com ela:
- Felicity. - a moça atende.
- Oi.
- Oi, mãe que surpresa. Onde você está?
- Você não vai acreditar.
- Diga.
- Estou no SIATE indo para o Nossa Senhora das Graças.
- Nossa, o que aconteceu?
- Aparentemente tive um mal súbito e tudo ficou diferente na minha vida.
- Na sua vida. Como assim?
- Venha pra cá minha filha e traga as suas irmãs.
- Tá bom, mãe, vou chamar a Bel e a Vi. Estamos a caminho.
- Dolores, então Felicity, Bel e Vi são minhas filhas.
- É claro que são. Isto parece um filme do Spielberg. Você por acaso não viajou no tempo, né.
- Você acreditaria, se eu dissesse que sim?




Continua