Total de visualizações de página

quarta-feira, dezembro 30, 2009

A arte de descansar





Quando se pensa em descanso, logo se vem à mente preguiça, é importante diferenciar uma palavra da outra, também uma pode ser consequência da outra. A preguiça está presente quando o sujeito precisa fazer algo importante para sua saúde, educação, subsistência, segurança, etc. e apesar da necessidade, urgência e alguns casos emergência, o sujeito declina de sua responsabilidade e fica de braços cruzados esperando que alguém faça isto por ele. O descanso é diferente, todos necessitamos dele para ter uma vida saudável. Não é preguiça você deixar de estudar nas férias, ao contrário, é uma necessidade; apesar de uma continuidade de estudos manter o cérebro ativo, o excesso pode fundi-lo, assim como ocorre com o motor de um carro que é muito usado.

Em contrapartida o que é excesso para uns pode ser descanso para outros. Não se ouve muito falar, mas há casos de pessoas que descansam trabalhando, lendo, fazendo o serviço da casa ou até cozinhando. Então qual é este limite entre o descanso e a preguiça? Como saber o que é necessário para se descansar? O conceito de descanso é pessoal. Descansar é a abstinência de uma atividade estressante, por isto podemos descansar fazendo outras atividades, um empresário pode descansar distribuindo sopas nas ruas, um policial militar pode descansar dando palestras a meninos e adolescentes evitando que entrem na criminalidade.

E, por óbvio, há o descanso comum que todos compartilham ou deveriam compartilhar, ou seja, as viagens em família, a ausência do local (cidade, estado ou país) de trabalho; segundo o Jô Soares, se a pessoa não se ausentar do seu local de trabalho, não consegue se desligar do mesmo e assim o cérebro não tem aquele respiro tão necessário há uma mente sã. Como os seres humanos são peculiarmente diferentes, cabe a cada um achar o seu jeito de descansar, sem cair na armadilha da preguiça, o nosso mundo cada vez mais acelerado é um convite a loucura desenfreada da atividade contínua, mas o homem sábio domina a arte de descansar.

terça-feira, dezembro 08, 2009

Coisas que acontecem no Brasil

Complexo de Vira-lata: Aqui, neste país, há uma mania difícil de ser mudada, uma valorização absurda do que é de origem estrangeira e também uma desvalorização do que é nacional. Este pensamento já ocorre há muito tempo, recentemente ocorreu um evento isolado no Estádio Couto Pereira em Curitiba, um evento lamentável que deixou mais de uma dezena de pessoas feridas, apesar de isto não ser constante, algumas pessoas já temiam pela Copa do Mundo de 2014 e também, aproveitando-se disso, a imprensa mundial já disse em alto e bom som, que: "É neste país que ocorrerá a Copa do Mundo de 2014". Vamos aos fatos: Não é privilégio nem de Curitiba e nem de nosso país ocorrências como estas, basta lembrar que os Estados Unidos já foi alvo de ataques terroristas e incidentes em plena organização de Jogos Olímpicos e de Copa do Mundo, basta lembrar do caso do parque centenário em Atlanta 1996 ou o atentado terrorista na vila olímpica em Munique também concomitante com a realização dos Jogos Olímpicos. A grande verdade é que no Brasil tudo toma proporções apocalípticas quando se faz comparações com o resto do mundo e na verdade somos todos humanos e temos basicamente os mesmos problemas, alguns em maior proporção, outros em menor.

Valorização do que é deplorável: Uma moça de nome Geyse é expulsa de uma universidade por se comportar de maneira reprovável em relação a maneira de se vestir, sem entrar no mérito do que é certo ou errado quanto a isto, o país inteiro ficou sabendo deste fato que ocorre simplesmente todos os dias, em universidades, escolas, cinemas, repartições públicas e, por algum motivo, este caso se tornou nacional e a imprensa, com grande parcela de culpa, transformou Geyse em um ícone, para alguns, uma mártir da luta pelo direito a se vestir como quiser. Como se não bastasse, ele ganhou uma participação especial em uma programa da maior emissora de sinal aberto do país e ainda obteve um convite de uma escola de samba para desfilar no próximo carnaval e quem saiu de ruim na história foi a universidade que teve que voltar atrás na expulsão de Geyse e ter o bom nome da instituição ligado a escândalo que não faz o menor sentido.

Oportunidades para incapazes: Longe de querer ser preconceituoso, mas no nosso país qualquer pessoa pode se candidatar a qualquer cargo público, sem o menor preparo, então o sujeito vai ser vereador, prefeito, deputado, governador, presidente sem sequer saber quais são as atribuições do cargo, coisa que ocorre com a grande maioria dos eleitores também. Assim, o país, de maneira geral, fica nas mãos de pessoas despreparadas para legislar e se preocupando tão-somente com o seus próprios bolsos, ou tendo iniciativas absurdas como homenagens infindáveis a pessoas das cidades quando, em muitas oportunidades, os cidadões não tem nem água encanada em suas casas. A preocupação com a quantidade de pombos e como exterminá-los de uma maneira ecológica. O que eu quero dizer é que está de na hora de prepararmos nossos políticos para os seus cargos ou no mínimos externar quais são as verdadeiras atribuições destes cargos para que os seus ocupantes não se tornem ridículos diante da sociedade. Ainda sobre o mesmo tema, temos o caso do maldito Big Brother, que sequer tem um nome em português, do qual se extrai pessoas sem o menor gabarito para se tornarem atores de TV, quando temos artistas de rua 100 vezes melhores que não têm nenhuma oportunidade de participar deste rol de celebridades efêmeras.
Que o atual técnico da seleção brasileira me perdoe, mas a forma como ele foi conduzido ao cargo está totalmente errada e é completamente absurda, apesar do seu grande e incontestável desempenho, muitos técnicos profissionais que estão há anos trabalhando e esperando uma oportunidade na seleção são deixados de lado, sequer são avaliados ou submetidos a uma eleição popular, não importa a fórmula, mas os cargos deveriam ser conseguidos através de algum mérito e não por indicaçao de um ou outro.

Então caros leitores quero mostrar a vocês que o nosso país pode ser muito melhor do que é, desde que não deixemos que estas figuras ou fatos absurdos se tornem maiores do que realmente são. Assim como o dinheiro tem o seu relativo valor devemos dar a proporção correta aos acontecimentos deste país.

sexta-feira, dezembro 04, 2009

Em busca do pé de coelho V

Mais tarde:
- Já viu uma coisa dessas, Guaianazes?
- Sinceramente, Vidigal, eu nunca vi e arrisco dizer que ninguém aqui, também, tenha vista algo sequer parecido.
- O que você acha que é?
- Não sei dizer, mas julgando que o hotel não está mais aqui, tenho a impressão que ele foi transportado de alguma forma.
A energia começa a diminuir cada vez mais, Guaianazes não sabe o que fazer, ele está cercado pelo exército e pergunta se alguém filmou isto ou tirou fotos daquela energia. A energia finalmente se dissipa e como não há resposta a sua pergunta Guaianazes fica desanimado, mas:
- Senhor, eu consegui filmar.
- Como é o seu nome, cabo?
- Wolverine
- Tá brincando?
- Não. Meu nome é Wolverine Simbad de Oliveira.
- Certo Wolverine – Olha um pouco descrente - Vamos ver o que temos aqui.
Examina minuciosamente a câmara e logo depois percebe ao olhar para o antigo vórtice que o hotel está de volta:
- Cerquem a área, não deixem ninguém ultrapassar o cordão, atirem para matar se for necessário.
Vidigal, Guaianazes e Wolverine adentram o hotel e vêem Jamil caído, meio atordoado.
- O que aconteceu, Jamil?
- Não sei dizer, tive um sonho tão real, parece que eu estava neste mesmo hotel, mas Baudelaire era o presidente do Brasil.
- Deve ter sido um sonho muito louco. - Diz Vidigal.
- Você não sonhou Jamil, você experimentou uma coisa que ninguém conheceu até hoje.
- Sabe o que aconteceu, Guaianazes?
- Sei. Você visitou uma dimensão paralela.
- Você disse que nunca tinha visto aquele vórtice. - Diz Vidigal.
- E não vi, Vidigal, quem talvez tenha visto é o professor X.
- E este agora, quem é?
- Ele inventou o dispositivo.
- Então este radinho de pilha que estávamos procurando abre portais para dimensões paralelas.
- Grosso modo, sim, mas não exatamente desta forma, há pontos no nosso mundo em que a rede de proteção entre os mundos é muito fina, por uma incrível coincidência este hotel era um destes pontos.
- Meu Deus será que o Baudelaire tem idéia do que ele está carregando consigo.
- Dificilmente acho que apesar de ameaçar usá-lo. ele apenas está tentando vendê-lo, mas sem saber do que se trata ele terá dificuldades de vendê-lo.
- Mas você há de convir comigo que alguém vai acabar reconhecendo este dispositivo. E então por onde começamos?
Nesse instante:
- Senhor Baudelaire, tem um senhor aí querendo falar com você.
- Ele se identificou?
- Sim, ele se chama Milton Hofstedner.
- Eu o conheço?
- Acho que não, mas ele diz que tem uma proposta para um dispositivo que só o senhor pode fornecer.
- Entendo, mande-o entrar.
Depois:
- Senhor Milton.
- Senhor Baudelaire.
Cumprimentam-se:
- Vamos direto ao assunto senhor Milton, veio me oferecer uma proposta pelo dispositivo?
- Sim, o meu país está muito interessado neste dispositivo.
- Qual é mesmo o seu país?
- Áustria.
- Áustria, puxa, não imaginei que fosse receber uma proposta de lá. E de quanto estamos falando senhor Milton.
- Se o dispositivo fizer o que acho que ele faz, estamos dispostos a pagar 150 milhões de dólares.
O queixo de Baudelaire cai, balbucia algumas palavras incompreensíveis:
- Senhor Baudelaire acho que ainda não sabe o que isto faz, não é mesmo?
Ele só meneia a cabeça:
- Senhor Baudelaire, isto abre portais para dimensões paralelas, acredito que quando o roubou não imaginou que isto poderia acontecer, somente por esta razão a minha proposta é única e se você não aceitar , terei que matá-lo, o senhor tem 4 horas para se decidir, foi bom conhecê-lo senhor Baudelaire, voltarei em 4 horas.
Continua