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terça-feira, maio 25, 2010

Teoria da Conspiração

Seu nome era Pedro Medário, não se sabe exatamente de onde veio ele, só apareceu na família Silva. Um dia Daniele disse:
- Mãe, hoje vou trazer o meu namorado para você conhecer.
- É mesmo minha filha, como é o nome dele?
- Se chama Pedro, mãe, você vai adorar.
A noite:
- Mãe, este é o Pedro.
- Muito prazer.
- Pedro esta é a minha mãe Fabíola.
- Dona Fabíola, prazer imenso.
- Sem essa de dona, Pedro, me chame de Fabíola, ainda não tenho idade para estas formalidades, mas então, como vocês se conheceram.
- Naquela baladinha, mãe.
- Naquela "baladinha"?
- É. Você não lembra que eu disse que tinha conhecido alguém especial?
- É, vagamente;mas então, no que você trabalha?
- Eu trabalho com camelos.
- Tá brincando?
- É, eu tô sim, na verdade trabalho com carros.
- Sei, mas não puxa carro não, não é?
- Mãe.- Diz a filha com ar de reprovação.
- Minha filha, como ele brincou com os camelos, achei que não teria nada de mais, brincar com os carros, nunca é demais perguntar, não é?
- Tudo bem, Fabíola esta brincadeira é mais normal do que você imagina. - Diz Pedro
Nisso chega o pai:
- Oi filha, tudo bem? Quem é este? estamos com visitas?
- Sim, pai, este é Pedro Medário, meu namorado.
- Seu nome é Pedro Medário?
- Sim.
- Então, muito prazer, eu sou o Zéca Mundongo.
- Eita que tá todo mundo besta, hoje. Pai, pare com isto. Pedro, ele não se chama Zeca, O nome dele é Sílvio.
- Filha, quer dizer que ele não está brincando?
- Não pai, este é o nome dele.
- E onde você achou este sujeito peculiar.
- Na balada.
- Claro, onde mais?
- Então Pedro o que você faz da vida?
- Eu vendo carros, senhor.
- Que profissão interessante.
Mais tarde:
- Pessoal, o que vocês acharam do Pedro?
- O dromedário?
- Pai, não começa com isto de novo, e aí?
- Ele contou umas histórias difíceis de engolir, filha. A herança que vai receber do tio da itália, dizer que já participar do júri do American Idol, que sabe falar francês e ajudou a construir diques na Holanda, parece fora de propósito.
- É, eu também acho que ele exagera em algumas coisas, mas será que ele não fez isto mesmo.
- Filha o Pedro não sabia o que era morfologia, como ele pode ter feito todas estas coisas, abre o olho minha filha.
Por óbvio, Daniele não abriu o seu olho, pois já estavam a cinco anos juntos, Pedro e ela, sem se casar é claro e vivendo sabe Deus do que, pois o Pai Sílvio não ajudava em nada, mas o casal jogava a prata no ar. Sílvio nunca se importou em saber de onde vinha o dinheiro. Mas um dia , ele se dispôs a descobrir o que havia de errado com o seu genro, então:
- Deixe me ver se entendi, senhor Sílvio, você quer que eu descubra sobre este tal Pedro Medário tudo o que ele era antes de conhecer a sua filha e também se a sua filha está envolvida em algo que o senhor imagina que ele está fazendo.
- Sim, descrição perfeita.
- Bem, senhor Sílvio, diante deste quadro, tenho que fazer umas contas aqui, aguarde um minuto por gentileza.- Diz alguns muxoxos incompreensíveis e depois apresenta a conta da vigília.
- Não pode ser, senhor vaselina.
- Não me chame de vaselina.
- No jornal estava escrito detetive Vaselina.
- Eu sei, mas eu prefiro que me chame de Raul.
- Raul, você, não pode me cobrar 5000 reais por este trabalho.
- Por que não, você conseguiria fazer melhor?
- Então, vamos fazer o seguinte Vase... digo Raul, você me apresenta os resultados dos primeiros dias e então eu assino o contrato e te dou um cheque dos primeiros 2.000 reais.
- Sendo assim, aumentarei para 7.000.
- Se o seu trabalho for bom, eu pago até 10.000.
- Agora, acho que nos entendemos.
Relatório do Detetive Vaselina, quero dizer "Raul"
"29/03/1996
Pedro Medário ficou hoje o dia todo em casa, não saiu nem para tomar sol.
30/03/1996
A atividade aumentou na casa de Pedro Medário, cerca de quarenta pessoas o visitaram hoje, detalhe é que Daniele não estava em casa.
31/03/1996
Hoje grampeei o telefone do Pedro e descobri alguns contatos questionáveis um deles falava francês e Pedro o respondia com desenvoltura. Nota: "Preciso estudar francês"
01/04/1996
Pedro recebeu um sujeito chamado Franz Dubois, na minha investigação, descobri que este homem é dono de uma empresa aérea francesa e sócio de uma empresa de telefonia da Espanha, mas o melhor de tudo é que Franz falou com ele em português, tirando a suspeita de ser o homem do telefone."
Ao apresentar o relatório para o senhor Sílvio:
- Interessante, Raul, alguma idéia de que tipo de atividade ele faz?
- Ainda não, mas tenho certeza que vou descobrir, amanhã.
- Porque tanta certeza?
- Amanhã, ele vai levar a Daniele, na Galeria de Dança, mas com certeza não irão lá para se divertir, o senhor quer me acompanhar.
- Acho que não, é melhor você continuar só, provou ser um grande detetive, vou confiar em você.
No outro dia:
- Então senhor Raul, o que pode me dizer sobre a investigação?
- Não sei se o senhor vai gostar de saber.
- Bem, foi para isto que o contratei.
- É o seguinte, tudo o que ele disse era verdade, exceto o fato de o tio dele ser francês e se chamar Franz Dubois, mas tem algo intrigante.
- O que é?
- Ele também está investigando o senhor.
- Porque?
- Ele está pensando em levar o senhor para morar na França, mas precisa ter certeza que o senhor não está envolvido em nada fora da lei, acha que talvez você possa trabalhar na empresa do tio. ele não trabalha por isto, ele é um tipo de correspondente da família no exterior, assim ele recruta os melhores para a empresa do tio.
- Que coisa estranha, sendo assim, obrigado pela ajuda aí estão os seus cheques.
- Sempre às ordens, precisando sabe onde me encontrar.
Depois quando Sílvio sai, detrás de uma cortina surge Pedro:
- Muito bom trabalho senhor Raul, será muito bem recompensado.
- Escuta Pedro, isto que eu disse é tudo verdade?
- Claro que não, mas não se preocupe com a verdade, isto pode te machucar muito...
CONTINUA

terça-feira, maio 04, 2010

JOGO DE GATO E RATO

Era assim há muito tempo, uma rivalidade que ninguém sabe ao certo quando começou, Pauline queria muito construir uma empresa quando criança, quando Guaraci soube disto também alimentou este sonho. Nenhuma delas conseguiu virar empresária, mas a obsessão de uma querer sugar a vida da outra as acompanhou por muito tempo. Bastava uma namorar que a outra criava situações para tomar o namorado da outra e vice-versa, já que o ódio crescia exponencialmente a cada derrota de uma delas. Em uma ocasião Pauline comprou um carro:
- Olá, possa ajudá-la?
- Olá. Gilda, não é mesmo?
- Sim.
- Gilda, eu estive aqui hoje de manhã para finalizar a transação do meu astra, eu vim para buscá-lo.
- Claro, eu me lembro de você. A negociação foi difícil, mas acabou dando certo. Por aqui por favor.
Logo:
- Então, como está se sentindo de carro novo?
- Me sinto muito bem, principalmente porque este é o primeiro carro que compro, agora a minha vida vai mudar.
Pauline sai da concessionária muito alegre, mas mal ela sai da concessionária Gilda faz uma ligação e diz apenas:
- Oi, sou eu, ela acabou de sair.
Pauline tinha uma mania muito perigosa, a de falar ao telefone enquanto dirigia, isto logo significaria prejuízo (barulho de sirene da polícia), Pauline para e pergunta:
- Pois não, policial, algum problema?
Uma moça com um corpo bem definido em sua farda diz:
- Sim, minha senhora, a senhora estava falando ao celular enquanto dirigia.
- É, eu estava sim, mas pode aplicar a multa e rápido por gentileza que eu estou com pressa!
- A carteira de habilitação por favor.
- Claro aqui está.
- Então senhora Pauline, parece que a senhora deveria usar lentes corretoras para dirigir, coisa que não está ocorrendo neste momento.
- Tudo bem, eu ponho os óculos, posso ir agora?
- Não minha senhora, infelizmente, eu terei que apreender o seu veículo.
- Tá brincando?
- Não minha senhora, o veículo precisa ser retido segundo o artigo 162 do Código Nacional de Trânsito, a senhora poderá reaver o seu veículo no pátio do Detran mediante o pagamento de multa a partir de amanhã. Saia do carro por gentileza.
- Não vou sair, eu acabei de comprar este carro.
- A senhora quer ser detida junto com o veículo por descumprimento do Código Nacional de Trânsito?
- Não.
- Então é melhor fazer o que eu disse.
Então Pauline sai do carro e vê a policial sair dirigindo o carro de uma maneira estranha, cantando pneu e dando cavalinho de pau, depois da demonstração a policial tira o óculos e o quepe e revela-se é a:
- Guaraci, sua descarada.
E Guaraci some pela estrada:
Usando de seu celular, Pauline chama a polícia.
- Delegacia de Polícia, um momento...
Após uma espera de 10 minutos:
- Delegacia de Polícia.
- Oi, o meu nome é Pauline, eu gostaria de relatar um roubo.
- A qual bem se refere minha senhora.
- Um carro Astra.
- A senhora quer fazer um boletim de ocorrência?
- Sim, eu sei quem roubou.
- Sabe, então você deve comparecer a delegacia para relatar o roubo.
- Tudo bem eu irei.
Na delegacia:
- Eu sei quem roubou o carro, foi a Guaraci.
- Não está falando da Policial Guaraci, não é?
- Ela é policial mesmo?
O delegado aperto uma tecla no telefone e diz:
- Ligue para a Guaraci para mim, Solange me passe a ligação e enquanto isto vai adiantando o boletim de ocorrência da senhora Pauline por favor, obrigado. A senhora pode aguardar lá fora por gentileza.
Depois:
- Senhora Pauline, pode entrar por gentileza.
Fecha a porta atrás dela:
- Olha Senhora Pauline, o procedimento está correto, ela percebeu que a senhora estava falando ao celular, verificou a falta do uso das lentes corretoras e apreendeu o veículo, que estará disponível a partir de amanhã no pátio do Detran, por que a senhora acharia que o carro foi roubado?
- Porque eu a conheço e ela vive fazendo armadilhas para me pegar.
- Neste caso não houve armadilha, está tudo dentro da lei e eu não posso registrar uma ocorrência contra um policial que agiu no cumprimento do dever.
- Obrigado por nada, senhor delegado.

CONTINUA