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quarta-feira, julho 14, 2021

Outro Mundo II

- Tive um sonho estranho.
- Sobre o quê? – pergunta a esposa.
- Você não vai acreditar.
Explicações dadas:
- Então neste outro mundo havia até um psicólogo. - Sim e ele marcou uma consulta para hoje, mas eu disse que talvez não puidesse comparecer porque talvez eu tivesse retornado ao meu mundo e ele fez uma anotação na sua agenda a este respeito.
O pessoal do trabalho aparece e de maneira automática Gouveia diz:
- Rioverth que bom que está aqui.
- À quem você está chamando de Rioverth?
- Desculpa, Francisco, força do hábito.
- Hábito, que hábito?
A esposa de Gouveia puxa Francisco para o lado e diz: - Depois eu te explico, é uma longa História.
- Moscou, como que vai cara?
- Vou muito bem. – responde com sotaque russo.
- Estranho você não estava no meu sonho, mas isto não importa.
- Escuta, meu amor – diz a esposa de Gouveia – um neurologista vem conversar com você, é comum quando as pessoas saem do coma, este procedimento, acho que você deve contar do sonho para ele.
- Sim, vou mencionar a respeito.
Logo:
- Senhor Gouveia, eu sou Gustavo de Oliveira, sou neurologista e vou cuidar do seu caso, soube que teve um sonho diferente.
- Parece que as notícias correm.
- Gostaria que me contasse tudo com a maior quantidade de detalhes possível.
- Então doutor aconteceu o seguinte....
Finalizando a história:
- ...e aí doutor, o que acha?
- Olha pelo que você conta, parece bastante nítido que você acredita na veracidade destes fatos, eu o aconselharia a fazer o que fez no outro mundo: procurar um psicólogo.
- Obrigado doutor:
Gouveia é liberado do hospital avisa a família que irá a um psicólogo, só por desencargo de consciência, então vai ao doutor Bernardo:
- Olá Gouveia, sou o doutor Bernardo, então, o que está acontecendo?
- Na verdade, aconteceu tudo, basicamente, no dia de ontem, eu visitei outro mundo doutor.
- De que forma, em uma nave alienígena?
- Não, eu dormi e acordei lá.
- Que intrigante! Fale-me mais sobre este mundo.
Depois de colocar o doutor a par dos acontecimentos:
- Vejamos neste mundo que você visitou, seu amigo da Rússia não estava lá, sua esposa não estava lá, o ano era contado a partir da vitória de Gilgamesh ante um touro e consequentemente Jesus não era conhecido.
- É doutor, foi assim que aconteceu.
- Ah sim, havia me esquecido, disse que sentiu falta de seus filhos e de sua esposa em determinado momento, certo?
- Sim.
- Senhor Gouveia, me parece claro, que a sua vida não tem lhe agradado muito e este seu sonho demonstra uma vida que você poderia ter tido se tivesse feito outras escolhas, por outro lado a religiosidade é um fator novo que não bate com um desejo de novas escolhas, eu conheço uma pessoa que talvez possa te ajudar, aliás gostaria de fazer uma sessão com vocês dois já que suas histórias são parecidas.
- Alguém já passou pela mesma experiência que eu passei.
- Sim, mas ele diz que foi um sonho lúcido, que chegou até este mundo através da meditação. Podemos marcar a sessão para amanhã?
- Vou dizer a você o que disse ao outro doutor, amanhã eu posso não estar aqui, não tenho controle sobre isto, simplesmente acontece.
- Certo, senhor Gouveia vou marcar a sessão com o Getúlio e caso esteja disponível apareça, acho que poderemos nos ajudar comparando as histórias.
Depois da sessão, Gouveia está aliviado, afinal não era o único a ter tido aquela experiência, assim curtiu muito o tempo com a família, pois sabia que poderia retornar ao outro mundo no dia seguinte, então dormiu um pouco mais e ao acordar estava sozinho em sua casa novamente, mas como já estava adaptado, foi trabalhar normalmente e ao chegar ao serviço:
- Bom dia, Rioverth.
- O que houve Gouveia? Por que não apareceu no consultório do meu irmão ontem, aliás onde você estava ontem, não veio trabalhar e ninguém conseguia te achar o Humberto chegou a pensar que você tinha sido sequestrado.
- Olha Rioverth, eu já te disse o que está acontecendo, lamento dizer que não tenho controle sobre isto, eu irei ver o seu irmão.


Continua

quinta-feira, fevereiro 25, 2021

Irmãos Gêmeos III - O Encontro

Digitado por Catherine Bergas Paranhos entra em contato com Balthazar:
- Olá Balthazar, tenho ótimas notícias.
- Paranhos, finalmente, é sobre meu irmão gêmeo?
- Sim. Eu o encontrei em Goiás, ele se chama Leônidas e é um sujeito muito retraído. Quando tiver um tempo passe no meu escritório e te darei maiores detalhes.
- Obrigado Paranhos. Passarei aí assim que puder.
Em Goiás, os pais de Leônidas ainda o sabatinam:
- Desde quando, você sabe da existência deste Balthazar?
- Na verdade, o Ciro me falou sobre isto hoje mesmo. Vocês não sabem nada sobre isto, sabem?
- Achamos que jamais teríamos essa conversa com você, eu e sua mãe o adotamos a pouco mais de 30 anos em Teresina no Piauí, de uma senhora chamada Gertrudes, ela nos disse para nunca falarmos a respeito do seu irmão porque assim seria mais simples a convivência entre nós e você, ela disse que, por vocês serem pequenos, se esqueceriam que tinham um irmão e assim não sofreriam tentando se encontrar.
- Por que nunca me contou sobre isto?
- Achamos que seria irrelevante, por estarem muito distantes entre si.
- Então eu tenho um irmão gêmeo?
- Sim. E aparentemente ele mora em São Paulo
Balthazar encontra Grazi e lhe conta as novidades:
- Então você tem um irmão gêmeo e o encontrou em Goiás.
- Sim. Eu estou um pouco empolgado e também receoso.
- Quem não estaria? Não me imagino nesta situação. Você vai até lá encontrá-lo?
- Ainda não decidi, vou me encontrar com o Paranhos e depois de ouvir o que ele tem a dizer eu tomarei minha decisão.
- Se decidir ver o seu irmão, eu gostaria de acompanhá-lo.
Em Goiás:
- Gostaria de conhecer o seu irmão?
- Não. Minha vida é tranquila sem alguém com a minha cara andando por aí.
- Não tem sequer curiosidade sobre ele?
- Não gosto de pessoas, ele é um estranho que supostamente é meu parente e começará a frequentar a minha casa, isto irá me incomodar muito, prefiro que ele continue morando em São Paulo.
No escritório de Paranhos:
- Então não sabe onde ele mora?
- Pois é seo Balthazar, foi a única coisa que não consegui descobrir,mas sei que ele trabalha em uma empresa chamada Leo e Associados.
- Acho que vou para lá e me informo sobre a empresa, preciso encontrar o meu irmão.
E assim acompanhado de Grazi, Balthazar foi para Goiás. E chegando lá, encontra-se coincidentemente com Ciro aquele que o havia encontrado na rodoviária de São Paulo a cerca de 2 anos:
- Leônidas? Quando começou a namorar?
- Você é aquele cara que me encontrou em São Paulo.


Continua

segunda-feira, fevereiro 01, 2021

Poder de Cura V

- O que quer dizer?
- Você está à 5 mil anos vagando de cabeça em cabeça e nenhum deles se dignou sequer a dar-lhe um nome, este ciclo precisa acabar.
- Acha mesmo que a doutora Bárbara é a pessoa certa para resolver isto?
- Não tenho certeza, mas acho que precisamos encontrar uma maneira.
Verônica começa a vibrar e diz que um amigo quer falar com Bóris. Então Virgílio de Amarillo aparece para ele:
- Olá Bóris, há quanto tempo.
- Como conseguiu a conexão? Disse a alguns anos que ela quebraria nossa comunicação.
- Com muita dificuldade, mas precisávamos conversar.
- Sobre o que quer falar?
- Por que quer libertar a Verônica?
- Acha normal alguém ficar 5 mil anos vagando pelo nosso mundo sem ter um corpo e invadindo a privacidade alheia?
- Bóris, você não sabe de toda a história. A Verônica precisa zerar o seu karma.
- Precisa ser necessariamente comigo?
- Não, não precisa, mas você pouco pode fazer para resolver essa situação.
- Virgílio, você me agraciou com um poder de cura, será que eu não poderia curá-la do seu karma?
- Você faria isso Bóris? Abriria mão do poder de cura para salvar alguém cuja história você não conhece?
- Isto implicaria em algo que não estou considerando?
- Não tenho certeza que você possa tomar esse tipo de decisão, entretanto vou conversar com algumas pessoas aqui do meu lado para verificar se isto não desequilibraria o sistema kármico.
- Ótimo, em quanto tempo terei a sua resposta?
- Em breve.
E assim Virgílio desaparece e Verônica reaparece:
- O que aconteceu?
- O meu antigo Guru apareceu para mim e me deu uma esperança quanto ao nosso problema, ele disse que o seu karma é muito extenso, mas que tentaria abreviá-lo.
- Então este seu Guru tem boas conexões?
- Eu confio muito nele e acho que teremos boas notícias em breve. No entanto isto pode custar o meu poder de cura.
- Você abriria mão do seu poder para me libertar?
- Sim. Por outro lado teria dificuldades financeiras, pois faço isso há muitos anos.
Carlos continua encaminhando pacientes à Bóris e ele continua curando as pessoas, ele ainda faz visitas periódicas a doutora Bárbara que chegou a quebrar um de seus vasos quando percebeu que Bóris realmente poderia curar doenças, Bárbara tinha uma dor de cabeça que durava 4 dias e Bóris a curou apenas resvalando em seu cabelo. Depois disso, Bárbara passou a respeitá-lo e também ficou sabendo do seu difícil dilema:
- Deixe-me tentar entender senhor Bóris, o seu Guru disse que pode negociar a libertação da Verônica com os seus pares, mas somente mediante a anulação de seus poderes.
- É exatamente isto. Tenho vivido de meus poderes, por Ito a decisão é tão difícil, mas o Virgílio não me deu certeza de que conseguiria tal barganha. - Ele não disse, por acaso, de quem se tratava os tais pares? - Não, mas acredito que sejam entidades influentes e quem sabe aqueles que definiram a sentença da Verônica. - Olha sempre fui muito incrédula no que se refere a religião, mas desta vez acho toda esta história interessante, você se importaria se eu a registrasse, não farei nada que você não aceite, mas é que esta história é uma das melhores senão a melhor que escutei neste consultório.
- Tem a minha aprovação doutora, faça as anotações que quiser – neste momento desperta o relógio. – Nos vemos na próxima sessão?
- Com certeza.
Virgílio de Amarillo volta a conversar com Bóris trazendo boas notícias:
- Olá Bóris.
- Olá Virgílio.
- Apresentei o seu caso para instâncias superiores e acho que você vai gostar de saber que eles querem falar com você e também com a Verônica.
- Como é? Como vou conversar com eles, eu estou vivo, terei que fazer uma sessão espírita? E como vou levar a Verônica comigo?
- Calma Bóris, uma pergunta de cada vez. Você não precisará da sessão espírita, basta fazer um coma induzido, garanto que seu amigo Carlos poderá providenciar isto, quanto a Verônica, onde sua consciência for ela irá.
- E pra quando está marcada a tal reunião?
- Daqui a dois dias, eu darei os detalhes na véspera, avise a nossa amiga sobre isto, estou confiante que iremos conseguir desatar este nó.


Continua