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sábado, dezembro 08, 2012

Um Conto Recontado III

Ao sair do hospital Gustavo recomenda um psicólogo para evitar problemas futuros, afinal esquizofrenia não é muito comum entre jovens, Guilherme acha tudo uma bobagem e além de tudo não tem dinheiro para estas frescuras. Nas noites subsequentes Meredith observa o cinturão de Órion (antes chamava de 3 Marias, mas com o passar dos anos acabou descobrindo o nome verdadeiro deste conjunto de estrelas) e o Cruzeiro do Sul, constelações que sempre adorou e os anos posteriores não mudaram sua preferência e nestas noites começa a pensar nas implicações de suas novas decisões e o que poderia ocorrer com o seu futuro caso tome decisões diferentes. Meredith pensa na festa de 15 anos da Janira onde conhecerá seu primeiro par romântico Kevin, como já sabe dos acontecimentos posteriores, quer evitar este encontro e decide não ir a festa.
Guilherme conversa com Lorelay:
- Que dia estranho, em?
- Nem me fale, acredita na Meredith?
- É claro que não, esta história de viagem no tempo é culpa sua.
- Ué, por quê?
- Você fica deixando ela ver televisão até mais tarde e não verifica que tipo ela está vendo, evidentemente ela viu um filme com enredo parecido e aceitou como verdade na sua vida.
- Tem razão, não verifico que tipo de filme ela vê, mas acho muito difícil que a criatividade dela tenha ido tão longe.
- Então me diga quando o Papai Noel passar por aqui, me acorde a qualquer hora. - diz isso vira para o canto para dormir.
No dia da festa, Meredith ainda confusa fica em casa:
- Você não tinha uma festa para ir hoje?
- Tinha mãe.
- E por que não foi?
- Sabe mãe, acho que a senhora merece mais a minha atenção hoje, eu estou tão feliz de estar com a senhora que poderia ficar todas as noites ajudando-a nos deveres da casa.
- Puxa, esta experiência que você teve mudou muito você, em?
- A senhora nem imagina o quanto.
Na segunda-feira no colégio do bairro na fila da entrada:
- Meredith, por que você não foi a minha festa?
- Não deu tempo Janira, tive que ajudar a minha mãe.
- Nossa, esta foi a desculpa mais esfarrapada que já ouvi.
- Você não ajuda a sua mãe quando ela precisa?
- É claro que ajudo, mas não deixo de me divertir por isto. Você não sabe o que perdeu.
- Me conta depois.
Cantam o Hino Nacional e vão para a oitava série, Meredith acha a aula um saco, afinal de contas já conhece tudo o que a professora vai falar, mas tem receio de chamar atenção para a sua sabedoria, mas num descuido acaba dormindo e é acordada por um rompante da professora:
- Onde você pensa que está, senhorita Meredith?
- Numa cadeira do colégio tendo aula. - responde quase que no susto.
- Ah, então você quer ser piadista, né, vamos ver o que a diretora acha das suas piadas.
Meredith levanta-se e se apresenta na direção:
- Meredith, hoje o dia está sendo estranho, taí uma coisa que eu jamais esperava, o que foi que você fez?
- Segundo a minha professora, a senhora iria gostar das minhas piadas.
A diretora levanta-se vai até a sala de Meredith, enquanto isto Meredith só consegue pensar: “- Eu mudei a minha vida completamente, agora devo dar passos precisos para evitar que este futuro não seja um pesadelo.”



Continua

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