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sexta-feira, janeiro 01, 2010

O esporte e a mesmice

Quem pode dizer que não ficou no mínimo chateado com os campeonatos em série do alemão Michael Schumacher na Fórmula 1, ou com as 8 medalhas de ouro do americano Michael Phelps, ou ainda com o tricampeonato do São Paulo no brasileirão. O que aconteceu com o esporte? o que houve com os novos ídolos e a renovação? Salvo raríssimas exceções, como o jamaicano Usain Bolt, um homem que parece alienígena por bater o recorde mundial dos 100 metros e dos 200 metros com uma facilidade absurda, não há mais renovação, até mesmo Bolt pode se tornar chato se não encontrar um adversário a sua altura. É óbvio que os alemães em relação ao Schumacher, os americanos em relação a Michael Phelps, os jamaicanos com o Usain Bolt e os são-paulinos com o São Paulo ficam extasiados de verem seus representantes figurarem constantemente no lugar mais alto do pódio, mas, sem querer ser estraga prazer, as melhores vitórias ocorrem com adversários do mesmo nível; um bom exemplo foi a vitória do Chicago Bulls do Michael Jordan sobre o Los Angeles Lakers do Magic Johnson, quando os adversários se equivalem e há a vitória de um deles o embate se torna inesquecível, mas quando um só se destaca no meio de muitos a vitória perde um pouco o seu brilho. As maiores explicações que ouço é a de organização, que fulano trabalha mais, que ciclano é acomodado ou que beltrano não leva a sério o seu trabalho, pode ser que tudo isto possa fazer uma certa diferença, todavia é mais fácil gerenciar vitoriosos do que perdedores, os patrocinadores aparecem para quem conquista títulos, ninguém vai apostar num derrotado, por isto a balança sempre pende para quem vence, tornando o esporte uma mesmice sem precedentes e com uma tendência absurda a não mudar o rumo das conquistas. Para romper este ciclo, vale o velho ditado do barão de Coubertin "O importante é competir"; pois enquanto o importante for vencer, seremos obrigados a ver, ouvir e aplaudir sempre as mesmas caras, os mesmos vencedores e aceitar o absurdo monopólio no esporte.

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