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quarta-feira, maio 09, 2012

Liga de Heróis Brasileiros – Dias de Trovão II

- Mara? Mara? Mara? – Parmênides olha para Rui – O que há com ela?
- Não sei dizer senhor Parmênides.
- Besouro?
- Ela está num tipo de transe como se estivesse preparada para receber uma entidade.
- Acha que isto irá acontecer?
- Não sei direito na verdade nunca vi nada igual.
De repente:
- Meu Deus!!!!
- Mara, tudo bem?
- Quanto tempo?
- Cinco, dez minutos.
- Dez minutos?
- Sim. O que houve?
- Parmênides, acabei de ter a experiência mais chocante da minha vida.
- Mais do que içar carros, segurar projéteis e levitar sobre pontes?
- Sim, você não tem idéia, eu estava segurando um tsunami com a força do pensamento.
- Isto não parece fisicamente possível ou pelo menos não há relatos de telecinestesistas com esta condição peculiar – Diz Rui.
- Às vezes você esquece onde você trabalha, não é Rui.
- Na verdade, não, senhor. Eu estou conversando com um espírito morto há anos e eu nem acreditava nisto a 30 minutos atrás.
- Certo, Mara, conte-nos tudo detalhe por detalhe.
Mais tarde:
- Quando exatamente você voltou?
- No momento em que parei a onda gigante no mar, num esforço violentíssimo.
- Seria necessário rocha fundida e um muro descomunal deste material para fazer o que você fez na sua “visão”, podemos chamar assim Parmênides? - Diz Rui.
- Claro.
- O que acha Besouro?
- Já vi gente prever o futuro, mas é a primeira vez que vejo alguém sonhar com uma realidade alternativa.
- O que quer dizer?
- Achei que somente os deuses poderiam ter este poder.
- Está falando de quem?
- Uma vez Yemanjá me contou uma experiência que teve no Índico sobre supostos buracos no mar num ano longínquo no futuro, como a previsão não se confirmou, ela me falou sobre esta teoria de realidade alternativa, eu entendi muito pouco, sabe.
- Rui, já ouviu falar de algo parecido?
- Tudo o que vejo aqui é inédito senhor, não posso contribuir, mas conheço um sujeito que talvez possa.
- Conhece algum mago?
- Na verdade, conheço sim.
- Não me diga que é o Paulo Coelho?
- Não, ele se chama Vicente.
- Quando pode trazê-lo aqui?
- Em poucas horas.
- Faça-o!
Algumas horas depois:
- Você é o Vicente?
- Sim, e você deve ser o Parmênides.
- Sim, está a par da situação?
- O Rui me contou alguns detalhes, preciso que evacuem a sala e me deixem só com a Mara.
Isto feito:
- Mara, quero que relaxe e me mostre exatamente o que viu.
- Como farei isto?
- Pegue na minha mão.
No mesmo instante Vicente vê todas as imagens com perfeição como se estivesse em um cinema, depois chama a todos para dar o seu parecer:
- Ela teve o que podemos chamar de um sonho acordada, isto é muito raro e acomete a pessoas que tem determinadas partes dos cérebros ativos, como a maioria de nós não usa esta parte do cérebro, pouca importância se dá a isto, por isto o relato do Besouro de que Yemanjá já teve algo parecido.
- Devemos nos preocupar com a suposta premonição? - Pergunta Parmênides
- Pelo que pude perceber o fenômeno já devia ter ocorrido, como não ocorreu, acho que não devem dar importância, mas nunca é demais se prevenir, se alguma sequência de acontecimentos baterem com a visão dela em qualquer outra época, convém ficarmos atentos.
Parmênides toma a palavra e pergunta:
- Querem um intervalo ou preferem já começarmos a falar sobre o motivo de todos estarem aqui?
O Saci responde:
- Apesar de ansioso pela realização da missão, prefiro o intervalo.
...
Em breve, “Como Mara recrutou os heróis para a missão na Polícia federal”

Continua

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