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sexta-feira, janeiro 13, 2012

Liga de Heróis Brasileiros - Dias de Trovão

- Parmênides, do que está falando?
- Mara, preciso que encontre alguns indivíduos que poderão ajudá-la no trabalho de cuidar do nosso país.
- Posso fazer isto sozinha, tenho feito isto há anos.
- Acredite, desta vez vai precisar deles.
- Deles? De quem estamos falando?
- Seus nomes são: Caiuá, Guivarra, Sérgio e Manoel.
- Onde os encontro?
- Aí você terá que usar os seus dons, não sabemos ao certo onde eles estão. Um deles, inclusive, está morto.
- Parmênides, você só pode estar brincando comigo, porque acha que vou precisar de um morto para me ajudar no trabalho de um mundo físico, não estamos falando de zumbis, estamos?
- Não, estamos falando do Saci, do Curupira, da Caipora e do Besouro.
- Então se, eu entendi bem, terei de encontrar três mitos populares e um sujeito já falecido?
- Sim, você entendeu bem.
- Certo, verei o que posso fazer.
- Apresse-se Mara, não temos muito tempo.
Alguns dias depois:
- Juca, cadê o Parmênides?
- Ele está numa reunião, mas... - Juca fica de queixo caído ao visualizar os folclóricos Saci, Curupira e Caipora. - ...acho que posso interrompê-lo. - disca alguns números no telefone e diz. - Eles estão aqui.
- Ótimo, mande-os entrar.
Logo:
- Mara, demorou menos do que imaginei, como conseguiu encontrá-los tão rápido?
- Para dizer a verdade, eles também estavam a minha procura.
- É mesmo, por quê?
Sérgio responde:
- Temos sentido algo diferente na mata, os ventos estão sem controle, os animais estão inquietos, alguns indígenas acham que Tupã está voltando e o nosso mundo está com os dias contados.
Curupira diz:
- Não acho que isto seja verdade porque Tupã me disse que meus pés voltariam ao normal quando ele estivesse chegando. - Mostra os pés que continuam virados para trás ante o olhar de todos.
Parmênides diz:
- Devo acreditar que o Besouro está aí com você, não é mesmo?
- Na verdade está sim, ele foi encarregado pelos orixás de descobrir o que está havendo com a natureza, os mestres das águas, do ar e da eletricidade natural estão em dúvida sobre o que está havendo no nosso mundo.
Besouro diz alguma coisa no ouvido de Mara:
- O Besouro está me perguntando se há algum rodante por aqui?
- Rodante?
- Sim, alguém que tenha condições de recebê-lo em seu corpo para que ele possa conversar com todos normalmente.
Parmênides fala com Rubens que dá alguns telefonemas e em algumas horas chega um rodante, Besouro já incorporado pergunta:
- Há quanto tempo isto está acontecendo?
- Pelos nossos registros, isto se iniciou a cerca de dois meses; com as chuvas no pantanal, passou despercebidas as trombas d'água que ocorreram por lá, os ciclones de Santa Catarina já faziam parte deste evento que só agora descobrimos que não é natural.
O telefone toca, Parmênides atende:
- Sim.
- A conversa vai ter que ficar para depois, há um tsunami a caminho da cidade de João Pessoa.
- Não brinca comigo.
- A imprensa já está lá, ligue a TV.
Feito isto, o repórter, há uma grande distância, informa:
- A onda de 50 metros deve atingir a cidade de João Pessoa às 2h:00min. de hoje, não há muito o que fazer, a evacuação se torna quase impossível diante da proximidade do evento.
- Deus do céu, de onde veio esta onda que ninguém previu? - pergunta a si mesmo Parmênides.
- Mara, leve a liga para lá, veja se podem fazer alguma, vocês tem 4 horas para resolver isto.
- Como você acha que poderemos impedir um tsunami de atingir a cidade de João Pessoa em tão pouco tempo?
- Eu não sei, mas vocês são a nossa única esperança.
Na Paraíba:
- Então Mara, algum plano. - Diz Curupira.
- Quanto tempo acha que precisaríamos para uma evacuação?
- Total? talvez umas cinco horas.
- Acho que posso segurar estas ondas por algum tempo.
- Segurar, como assim?
- Quando eu era mais jovem, eu consegui levantar um carro, recentemente, eu parei um trem desgovernado.
- Com a força da mente?
- Sim.
- Entendo, mas com certeza esta ondas tem uma força maior. Você vai fazer o que? Criar um campo de força?
- Não, vou evitar que elas se aproximem, mas acho que não poderei segurá-las por muito tempo.
- Então precisamos de um plano auxiliar.
- Esta é a parte difícil. Onde estão os outros.
- O saci acha que pode contatar e Yara e através dela falar com Yemanjá.
- E isto ajudará em que?
- Ele diz que ainda não sabe, mas diz que com certeza voltará com alternativas.
- A caipora cadê?
- Está curando alguns feridos, diz que só poderá ajudar com isto, o Besouro deixou o seu rodante e disse que tentará falar com Iansã.
- Iansã?
- Sim, se ele estiver certo, talvez ela possa nos ajudar.
- O que ele tem em mente.
- Talvez possamos segurar estas ondas com uma corrente terrestre e Iansã poderá ajudar neste aspecto.
- Certo, então volte quando puder, vou segurar estas ondas.
Mara concentra-se, faz um sinal de abraço e a tempestade para, as ondas ficam onde estão enquanto Mara faz um esforço descomunal.
Na sede da Federal:
- Sr. Parmênides.
- Fala Rui.
- Onde eles estão?
- Em João Pessoa, tentando evitar a catástrofe.
- Eu tenho algumas idéias.
- Quais são?
- O senhor entende de física?
- Não muito.
- Veja bem, o tsunami é causado por um vulcão submarino que se torna o epicentro da força centrífuga que leva as águas a criar enormes ondas nas costas direcionadas. Está acompanhando?
- Sim.
- Teoricamente, precisaríamos criar uma força centrípeta no epicentro deste tsunami, anulando assim a força desferida no mar, evitando que as ondas atingissem a costa brasileira.
- Certo e como vamos fazer isto?
- Precisamos criar um furacão.
- Não temos tecnologia para isto.
- Mas quem falou em tecnologia?
- Acha que eles poderiam?
- Eles são de uma raça diferenciada.
- Isto vai funcionar?
- Não temos certeza, nunca foi testado antes, seria como dar um tiro no escuro.
- Alguma outra idéia?
- Estas são mais difíceis de funcionar.
- Uma delas seria congelar o mar, o ponto de congelamento da água é de 0º graus Celsius.
- É, parece mais difícil já que a temperatura de lá é altíssima. Mais alguma idéia.
- Esta é mais difícil ainda. Teríamos que erguer uma barreira de 50 metros tão forte que as águas do tsunami não poderia sobrepor.
- Quanto tempo isto levaria.
- A uma velocidade comum, 3 ou 4 meses.
- É, não temos tempo, mas o que seria forte o suficiente para segurar as águas da tsunami.
- Pedra fundida.
- Alguma outra idéia?
- Estamos trabalhando nisto.
- Continuem, quero que tragam para mim algo possível de se fazer.




Continua.

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