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sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Definição de Amor

Amor é algo impalpável, não confundir com paixão, apesar de algumas paixões se tornarem amor. A paixão é avassaladora, deixa qualquer um fora do seu eixo, levando a atos antes impensados, como perseguir o ente amado, ou passar por situações vexatórias, forçando encontros, telefonando sem parar; geralmente após estes atos impensados, uma culpa fora do comum toma conta do apaixonado, como se estivesse dependente, como num vício, o que não é tão distante assim da realidade. O amor é diferente, é mais calmo, é compreensivo e não dominador, é paciente, abnegado, se alegra com a felicidade do outro, é fiel e confiante. O amor divino também tem seus limites, basta ver que segundo a bíblia Caim matou Abel e caiu em desgraça com o seu criador, que o puniu severamente. Nós obviamente também temos nossos limites, mas acabamos sendo mais compassivos com quem amamos. Às vezes estamos prontos a criar confusão por causa de um erro cometido, mas quando é alguém que amamos que o comete, é óbvio que agimos mais brandamente. Alguns dizem que: “o amor e o ódio andam juntos”, discordo veementemente desta afirmativa, pois não acho possa haver amor onde foi plantado o ódio e vice versa; obviamente as pessoas podem mudar e reconhecer os seus erros dando a falsa sensação que o ódio se transformou em amor, mas pode ter havido apenas um crescimento intelectual ou religioso que acaba deixando a intolerância de lado. A história clássica de Romeu e Julieta falava sobre o ódio dos ascendentes, obviamente Romeu não tinha feito nada de ruim a Julieta e vice-versa, mesmo porque o que houve com Romeu e Julieta não foi amor, foi uma paixão sem limites que os levou a uma morte sem sentido, então não cabe argumentação. O amor pode ser incondicional, mas não passional, quando chega a estes píncaros, deixa de ser amor e pode se tornar um caso de polícia. Exemplos não faltam da insensatez de que são acometidos os apaixonados. Há um mito muito difundido dando conta que todos teremos ao menos um grande amor na nossa vida, é claro que na maioria das vezes, o grande amor foi embora; escapou pelos dedos, como areia; fugiu; foi abandonado; morreu; está em lugar incerto e não sabido. Tenho uma teoria a este respeito. Os grandes amores, geralmente conviveram pouco tempo com seus respectivos amantes, então poder-se-ia dizer que só são grandes amores por escassa convivência, aí só fica a lembrança idealizada da perfeição, quando na verdade se houvesse maior tempo de conhecimento, fatalmente os perfeitos tornariam-se humanos e deixariam de ser o protótipo do ideal. Ora, como humanos somos cheio de defeitos, então quando estes não são mostrados, parece que a pessoa é diferenciada, mas isto cai por terra com a convivência, ninguém consegue fingir o tempo todo e todas as máscaras caem, mas dia, menos dia. E será que o amor vale a pena? Eu digo que sim, sem amor a humanidade não teria sobrevivido, pois até o bandido, se o filho lhe pede um pão, receberá o pão e não uma cobra. O amor vale a pena, mas sem idealismos e sim com aceitação dos defeitos que nós humanos temos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Fazia tempo q vc não escrevia. Muito bom, gostei. abraços.
Nei