Ildefonso Pereira Correia, natural de Paranaguá, Paraná, Foi o maior exportador de erva mate do Paraná e maior exportador de erva mate do mundo. Seu pai Manuel Francisco Correia Júnior foi destituídos de seus cargos públicos por ter imprimido manifesto de separação da Comarca de Curitiba da província de São Paulo. Foi deputado provincial em 1882, em 1888 assumiu o governo da província do Paraná, foi presidente da Câmara Municipal de Curitiba. O imperador Dom Pedro II agradou-se de Ildefonso em visita ao Paraná em 1881. Em 8 de agosto de 1888 recebe o título de barão do Serro Azul concedido pela princesa Isabel, regente do Brasil na oportunidade. Na revolução federalista o barão do Serro Azul foi convocado pelos cidadãos para fazer um acordo com os revolucionários para que a população fosse protegida da violências, dos saques e dos estupros. A Junta Governativa de Curitiba transformou-se em "Comissão para Lançamento do Empréstimo de Guerra" com o propósito de arrecadar fundos para os rebeldes e com isso comprar a proteção da cidade. Embora o barão do Serro Azul e os comerciantes que apoiaram a comissão procurassem apenas evitar saques e desordens, seus atos os comprometeram como colaboradores com o movimento rebelde. Por estes atos, ele e outras cinco pessoas proeminentes da cidade de Curitiba foram executadas sumariamente por ordem do general Éwerton de Quadros sem qualquer processo legal ou acusação formal. Durante mais de quarenta anos, o barão de Serro Azul foi considerado traidor. Os seus atos foram banidos da história oficial do estado do Paraná, documentos foram arrancados, referências apagadas, e qualquer discussão sobre a execução sumária dele e seus companheiros era evitada. A sua magnífica mansão em Curitiba foi transformada em quartel do Exército, tendo a baronesa e os seus filhos que morar em um anexo. Depois da publicação de livros e da realização de um filme sobre sua vida a memória de Ildefonso Pereira foi resgatada culminando num projeto de lei do senador Osmar Dias e posteriormente na Lei nº 11.863 sancionada pelo Presidente da República; Luiz Inácio Lula da Silva; em 15 de dezembro de 2008 e publicada no Diário Oficial da União em 16 de dezembro de 2008, inscrevendo o nome de Ildefonso Pereira Correia, o Barão de Serro Azul, no Livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília.
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