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sexta-feira, maio 05, 2006

Guarda-chuva

Bem, é tudo tão simples que nem sei se vale a pena ser contado, por outro lado é muito engraçado, eu sempre seguia o mesmo caminho para o trabalho, saía detrás do Mueller, passava pelo Passeio Público, cruzava o círculo militar até chegar na rua em que trabalhava que se chama Dr. Faivre. Um dia, como outro qualquer, eu caminhava pelo Passeio Público, como de costume, não sei se na ida ou se na volta, não me lembro mais, sei que andava e um amigo avistou-me e venho ao meu encontro, havia uma mulher que sempre ficava por ali, é claro que eu sabia o que ela fazia, afinal uma mulher conhece a outra só de olhar, mas foi também pela constância no local que imaginei a sua ocupação, mas nunca dei bola para ela até aquele momento, quando meu amigo foi chegando mais perto ela, mulher, abriu os braços para ele, ele passou por ela e veio me abraçar, no meio do nosso abraço senti uma cacetada na cabeça, a mulher havia me dado uma guarda-chuvada, nem sei se esta palavra existe, mas não sei dizer de outro jeito, depois ela me disse que eu estava roubando o ponto dela, eu falei que estava indo trabalhar e que ele era meu amigo, ela disse eu também trabalho aqui e proíbo você de passar neste ponto e roubar os meus fregueses, saímos dali meu amigo e eu e a partir daí não passei mais pelo Passeio Público. É... tá tudo ficando de um jeito que a gente não pode nem abraçar um amigo sem ser mal interpretada.

2 comentários:

Marilda Confortin disse...

Putz... e essa história eu também conheço. Pareçe que foi ontem, mas lá se vão 30 anos.

Anônimo disse...

Esta crônica eu já conhecia acho muito engraçada, seria trágico se não fosse cômico. Beijos Fátima